terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Doença celíaca.

A Doença Celíaca é uma doença de caráter auto-imune que acomete o intestino delgado, devido a uma intolerância alimentar ao glúten existente no trigo, cevada, centeio e aveia. Estes em contanto com a mucosa intestinal causam uma reação imunológica que leva a perda das vilosidades do trato intestinal, que são responsáveis pela absorção de proteínas, sais e fluídos levando a um quadro de desnutrição que é dependente da intensidade e extensão do comprometimento da mucosa.
Os sintomas podem ser variáveis na apresentação e na intensidade incluíndo diarréia, constipação intestinal, cólica intestinal, gazes em excesso, soluços e vomitos, emagrecimento, indisposição, anemia, perda de apetite; retardo de crescimento no caso de crianças, na puberdade em adolescentes e menopausa precoce em adultos. 

Pode ser observada em associação com outras patologias como anemias ferroprivas refratárias, desnutrição, hipotireoidismo, diabetes juvenil, osteopenia, osteoporose, esterelidade, abortos de repetição, fibrose cística, depressão, neuropatias, dermatite herpetiforme, síndromes genéticas, aftoses de repetição e neoplasias do trato gastrointestinal.


É uma doença que afeta mais as crianças, mulheres e brancos. Pode apresentar uma evolução silenciosa por anos com poucos ou nenhum sintoma, podendo ser diagnóstica em adultos de meia idade.

O diagnóstico é baseado na apresentação clínica e com ajuda dos exames laboratoriais que seriam a biopsia da mucosa do intestino delgado, pesquisa de anticorpos anti-gliadina, anti-endomísio, anti-reticulina e anti-transglutaminase tecidual, além daqueles relativos as possíveis outras doenças associadas.

O tratamento além de sintomático é baseado na dieta com ausência do glúten, que está presente em bolos, tortas, biscoitos, salgadinhos, pizzas, pães, etc. Lembrando que muitos alimentos ditos que "não contém glúten" pode estar precariamente preparado ou com contaminação acidental deste durante sua manipulação que pode ocorrer em maquinários comuns.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Desafios dos jovens no século XXI.
















Foi publicado na revista Interativa da Sociedade Mineira de Cardiologia ano 02 número 08.
Novas competências: exigências do século XXI – Sobre os desafios/ habilidades que nossos jovens precisam superar/ adquirir neste mundo globalizado. Elas se baseiam no livro “Códigos da Modernidade” de José Bernardo Toro da “Fundación Social” da Colômbia.
1- Domínio da leitura e da escrita. Ou seja, já não basta saber ler e escrever, é preciso saber interpretar o que se lê e formalizar comunicação adequada usando de palavras, números e imagens.

2- Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas. Ou seja, utilizar de sua capacidade de raciocínio para analisar problemas e propor soluções adequadas a cada situação.

3- Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações. Ou seja, vivemos dentro de um contexto histórico, temos de aprender a manejar os símbolos, signos, dados, códigos e outras formas de expressão da linguagem, buscando causas e conseqüências deste movimento histórico. O que certamente nos remeterá ao item 2, propor soluções.

4- Capacidade de compreender e atuar em seu entorno. Ou seja, Como vivemos em sociedade, analisar e procurar respostas para os desafios do seu mundo, atuando como verdadeiros cidadãos.

5- Receber criticamente os meios de comunicação. Ou seja, A mídia nos bombardeia a cada dia com mensagens muitas vezes indiretas, subliminares de boas e indesejáveis práticas. Aprender a tirar proveito das informações para o seu crescimento é a meta. O sucesso ou a felicidade, necessariamente, não está relacionado a marca de um automóvel ou ao fato de seu ator/atriz preferido(a) aparecer fumando, bebendo ou usando determinada grife na televisão.

6- Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada. Ou seja, conhecimento a toda hora e toda prova, saber utilizar e bem as ferramentas que a tecnologia nos oferece e que se encontram na internet, nas bibliotecas, museus e publicações, além de outras.

7- Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo. Ou seja, nenhum homem é uma ilha, trabalhar e construir um projeto em grupo e em prol de todos, tornando melhor nossa sociedade.

P.s.: Em itálico a reprodução fiel do texto, em grafia comum, analise do autor do Blog.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Herpes Zoster - Varicela
















Quando criança muitas vezes adquirimos Catapora/ Varicela que é uma doença viral, aguda, que se inícia com manchas-pápulas mais no tronco do corpo e que se transformam em pequenas lesões vesículares (bolhas) e acabam por evoluir para pústulas, com formação de crostas finalmente após 3-4 dias. Podem acompanhar febre, prurido, infecção secundária das lesões, irritabilidade e mal estar. É uma doença geralmente benigna e autolimitada. Quando adultos o vírus da varicela que andava adormecido nos gânglios dos nervosos pode resurgir como Herpes Zoster, que pode ter uma evolução benigna e até letal. Excepcionalmente em contato com pacientes com Varicela ou Herpes Zoster podemos desenvolver a doença, assim como uma criança em contato com um doente de Herpes pode desenvolver Varicela. É um RNA vírus da família Herpetoviridae.

Manifestações clínicas: Relatos de dores nevrálgicas, parestesias, ardor, queimação, prurido, bem como cefaléia, febre e mal-estar podem preceder o aparecimento das lesões da pele. As erupções cutâneas (vesículas-bolhas) geralmente são unilaterais e sobre uma base avermelhada e acompanham o trajeto de um nervo periférico. Surgem gradualmente num período de 2-4 dias e acabam por formar crostas (casca da ferida) evoluindo para cura em 2-4 semanas. Atacam mais o tórax, pescoço, face e a coluna lombar - nesta ordem.

Modo de transmissão: Contato direto pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias, raramente no contato com as lesões, através de contato com objetos contaminados com secreções das vesículas e mucosas contaminadas.

Período de incubação: 10 - 20 dias, média de 14 - 16 dias ou dependendo do estado imunológico do indivíduo.

Período de contaminação: 2 dias antes do aparecimento das lesões e enquanto durarem as vesículas.

Complicações: Infecção secundária das vesículas, septicemia, síndrome de Reye quando do uso do ácido acetilsalicílico (AAS), infecção fetal na gravidez, imunodeprimidos podem ter uma forma grave e disseminada, varicela hemorrágica, nevrálgia pós-herpética que seria a duração da dor após as lesões por um período superior a 4-6 semanas.

Diagnóstico: Clínico ou laboratorial com citologia, sorologias específicas, PCR.

Diagnóstico diferencial: Varíola (erradicada), coxsackioses, infecções cutâneas, dermatite herpetiforme de During Brocq, rickettsioses.

Tratamento: Da varicela em criança não há tratamento específico, podendo ser tópico com permanganato de potássio ou água boricada várias vezes ao dia... Para o Herpes zoster empregam-se antivirais como aciclovir, fanciclovir ou outros... A neurite pós-herpética não possui um tratamento específico, creme de capsoicina, lidocaína gel, amitriptilina, carbamazepina, benzodiazepínicos, rizotomia, termoregulação e simpactetomia podem ser empregados com resultados variáveis.

Atenção: Tem sido observado Herpes zoster numa maior porcentagem em pacientes HIV positivo. É importante a pesquisa do mesmo em pessoas suceptíveis, lembrando que nem todos os casos significam presença do HIV.

A vacinação, não faz parte do calendário oficial, e a Imunoglobulina humana antivaricela-zoster devem ser ministrados até 96 horas após o contato. Sendo que ambas tem suas indicações, efeitos colaterais, contra-indicações e precauções bem definidas que seram avaliadas pelo seu médico assistente e/ou serviço de vacinação. São muito úteis.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Doença Herpética.
















A doença herpética é causada por dois tipos de vírus, o tipo 1 com prevalência nos lábios e mucosa da boca e o tipo 2 com preferência pela região genital. Suas manifestações são distintas individualmente já que dependem do estado imunológico do portador. O seu causador é o Herpesvirus hominus, DNA vírus, da família Herpesviridae. Tem como característica a capacidade de ficar em latência no organismo por longos períodos, com reativações esporádicas, causando os sinais e sintomas que serão descritos.
Manifestações clínicas da doença:


- Primo-infecção herpética: Em geral passa despercebida e ocorre quando o indivíduo adquire o vírus. Em alguns casos o paciente já manifesta os sinais e sintomas que podem ser graves e perdurar por até algumas semanas. Passado algum tempo o vírus entra em latência indo se alojar nos gânglios de nervos cranianos ou da medula, quando reativados migram pelos nervos periféricos, causando as lesões típicas em pele e mucosas.

- Gengivoestomatite herpética primária: Mais comum em crianças, pode variar de discreto a apresentações graves, com febre, vesículas (lesões bolhosas), adenopatias (ínguas) comprometimento do estado geral, edema da gengiva, transformação das vesículas em ulcerações e dificuldade para alimentação. Pode comprometer, também, a faringe e região vulvo-vaginal. Duração de até 6 semanas com cura e sem seqüelas.

- Herpes recidivante: Mais comum em adultos, nos lábios e mucosa da boca, com aparecimento de vesículas na área onde ocorreu a inoculação inicial do vírus. Seu aparecimento é precedido de horas ou dias de ardor, queimação ou coceira no local. Sobre uma base eritematosa (avermelhada) surgem as vesículas, que com seu rompimento formam ulcerações. Tem como fatores desencadeantes traumas locais, exposição solar, estresse, menstruação e infecções respiratórias.

- Herpes genital: As primeiras lesões surgem normalmente 5-10 dias após a contaminação pelo herpes vírus tipo 2. Apresenta prurido, ardor e as vesículas dolorosas no pênis, vulva ou ânus, que podem evoluir para ulcerações. O quadro pode ser acompanhado de dor de cabeça, febre e ínguas na virilha. Dura de 5 a 10 dias.

- Conjuntivite herpética: A contaminação inicial pode ocorrer no olho, com vesículas e ulcerações na conjuntiva ou córnea. Podem ocorrer recidivas e eventualmente causar cegueira. Uma forma de contaminação é o beijo nos olhos quando com lesões orais em atividade.
- Herpes simples neonatal: Ocorre devido a contaminação do recém-nascido na hora do parto, desde que a mãe apresente as lesões herpéticas em atividade. Neste caso se opta pela cesareana. As lesões são vesíco-bolhosas e graves, podendo levar a óbito e até deixar seqüelas neurológicas ou oculares.

- Panarício herpético: Recidivante e acomete os dedos das mãos e pés. São vesículas que podem formar uma única bolha, com adenopatias (ínguas) e até febre.
- Herpes neurológico: Por ser um vírus neurotrópico o acometimento do sistema nervoso central pode ocorrer com meningite, encefalite, radiculopatia e mielite transversa.

- Herpes em imunodeprimidos: O vírus em latência no organismo pode surgir com formas até graves em pacientes que apresentam alteração do seu estado imunológico como na AIDS, neoplasias, transplantados, doenças crônicas e outras infecções graves.

- Herpes na Gravidez: Quando o contágio inicial ocorre durante a gravidez a chance de complicações obstétricas é maior, tipo aborto ou contaminação fetal. A cesareana deve ser avaliada em parturientes contaminadas.

Modos de transmissão: Contato íntimo com superfície mucosa ou lesão infectante. No meio ambiente o vírus é rapidamente inativado. A transmissão assintomática pode ocorrer, sendo mais comum após 3 meses da primo-infecção e na ausência de anticorpos contra o HSV-1.

Período de incubação de 1 a 26 dias com média de 8 dias.

Período de transmissão de 4 a 12 dias após primeiros sintomas.

O diagnóstico é eminentemente clínico, apesar de haver testes como citológico de tzanck, sorologias específicas e PCR.

Tratamento com antivirais tipo aciclovir, valaciclovir e fanciclovir.

Medidas de controle: A busca por uma vacina representará o controle sobre a doença que possui uma elevada taxa de transmissão. O uso de preservativos masculinos ou femininos impedem o contato das lesões nas áreas por eles recobertas, mas não lesões na base do pênis, escroto ou áreas expostas da vulva. É importante a pesquisa de outras doenças sexualmente transmissíveis concomitantes.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Doença arterial obstrutiva periférica.
















A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) que lesa os vasos arteriais das pernas é uma das formas de apresentação da Doença Arteriosclerótica que acomete também o coração e o cérebro. Atinge mais homens que mulheres e pessoas mais idosas.
Sua principal manifestação clínica é a claudicação intermitente, ou seja, mancar após caminhar determinada distância e melhora com o repouso. Quanto menor a distância percorrida antes do aparecimento da dor, maior será o comprometimento das arterias da perna afetada, bem como, quanto maior o tempo de repouso necessário maior sua gravidade. Cerca de 20% evolui para fase crítica e 1 a 3% podem necessitar de amputação de membro.

Pode ser classificado como:

- Estágio 0: pacientes que nada sentem, assintomáticos.
- Estágio 1: Leve claudição.
- Estágio 2: Moderada claudicação.
- Estágio 4: Dor em repouso.
- Estágio 5: Pequena perda de tecidos.
- Estágio 6: Maior perda de tecidos.
- Isquemia crítica: A perna apresenta-se fria, pálida, enchimento das veias diminuído, lesões teciduais ( úlceras ou gangrena), perda de pêlos e relato de dor em repouso.

São Fatores de risco para o surgimento ou agravamento da doença:
- Idade.
- Diabetes mellitus.
- Tabagismo.
- Hipertensão arterial sistêmica (Pressão alta).
- Dislipidemias (Gordura no sangue).
- Portadores de doenças das coronárias no coração e/ou doenças das artérias cerebrais podem coexistir com a DAOP.

Diagnóstico:
- Inicialmente clínico, através do exame físico do paciente.
- Doppler ultrassom.
- Duplex scan.
- Arteriografia.
- Angiotomografia computadorizada.
- Angiografia por ressonância nuclear magnética.
Obs.: Necessariamente não se realiza todos os exames citados.

Diagnóstico diferencial:
- Tromboangeíte obliterante – Inflamação das artérias de pequeno e médio calibre e associada ao tabagismo.
- Insuficiência venosa crônica – varizes.
- Síndrome compartimental - Compressâo dos vasos e nervosos por estruturas musculares – relacionada a atividades físicas acentudas e constantes.
- Anemias.
- Doenças osteoarticulares e musculares.

Tratamento:
- Clínico medicamentoso.
- Cuidados com os pés.
- Parar de fumar.
- Controlar com rigor as doenças associadas como o Diabetes mellitus, dislipidemias e a hipertensão arterial.
- Atividade física regularmente para estimular circulações colaterais no membro acometido.
- Dieta saudável.
- Parcimonia no uso de bebidas alcoólicas.
- Cirúrgico endovascular ou aberto.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Enxaqueca
















Enxaqueca ou migrânea é uma alteração cerebral com fator genético associado, ou seja, podemos encontrar numa mesma família alguns membros acometidos. Pode surgir na infância, sendo mais frequente dos 25 aos 55 anos. Afeta mais as mulheres que os homens. É unilateral, até de forte intensidade, latejante, pode ser acompanhada de náuseas, intolerância à luz, som e odores; dor ao toque do couro cabeludo, tórax e braços e na região do pescoço, podem durar de 4 a 72 horas.
Aura é um aviso prévio que uma crise está para acontecer ou até já está acontecendo. Apresenta sintomas visuais como pontos luminosos, flashes e falhas no campo de visão, duram menos de 1 hora. Pode ainda apresentar formigamento de um lado do corpo, dificuldade para falar e raramente perda da força de um lado do corpo. Podemos ter Aura sem a dor de cabeça.

O mecanismo é dependente de vasodilatação e vasoconstrição das arterias cerebrais com ativação do nervo trigêmio e das terminações nervosas. Neurotransmissores cerebrais participam da ativação dos centros dolorosos profundos e superficiais.

Vários fatores podem desencadear uma crise de enxaqueca, lembrando que a intensidade é variável a cada pessoa. Seriam estes:

- Alimentos mais comuns: chocolate, queijos, frutas cítricas e bebidas alcoólicas.

- Outros: carnes defumadas ou embutidas, temperos prontos, adoçantes tipo aspartame e sucralose, doces em excesso, alimentos gordurosos, conservas e corantes artificiais, leite e derivados, banana, melão, mamão, abacate, figo, tomate, cebola, amendoim, nozes, vinagre tinto, fígado de galinha.

- Menstruação.

- Pílulas anticoncepcionais.

- Exposição excessiva ao sol.

- Estresse.

- Álcool.

- Falta ou excesso de sono.

- Jujum prolongado.

- Excesso de cafeína.

- Desidratação.

O tratamento visa à crise e a profilaxia de novas crises. Na última levamos em consideração a frequência, a intensidade, o uso excessivo de medicações ou intolerâncias aos mesmos e é bom ressaltar que enxaqueca não tem cura, têm sim, alívio da dor ou prevenção da recorrência das novas crises, já que a dor é um mecanismo de defesa do nosso organismo. O tratamento profilático é feito com várias classes de medicamentos destinados a outras doenças e que se mostraram eficazes ao combante das crises, dentre eles temos anti-epilépticos, antidepressivos, antihipertensivos e antivertiginosos. Devemos avaliar qual a melhor opção em questão para o nosso paciente. Na linha alternativa podemos citar a Acupuntura e a yoga, que gosto muito, massagens relaxantes, terapia cognitivo comportamental, psicoterapia, vitaminas, toxina botulínica e até algumas medicações fitoterápicas.

Um dos grandes problemas da enxaqueca é o comprometimento da qualidade e da rotina de vida do paciente, já que muitos pacientes apresentam alterações corporais antes e após a crise de dor, o que leva muitas vezes a perca de compromissos profissionais, familiares e sociais. Podemos citar fadiga, alteração do humor, sintomas gastrintestinais antes das crises e cansaço, fraqueza, sintomas gastrintestinais, alteração do humor, dificuldade de raciocínio, leve dor de cabeça e até tontura nos pós-crise.

O uso abusivo de analgésicos pode levar a cronificação da enxaqueca, com necessidade cada vez maior dos mesmos. Neste momento devemos rever o uso de tais medicações e avaliarmos as medicações com caráter preventivo da crise citadas acima.

Recomendações ao paciente enxaquecoso:

- Procure reduzir o nível de estresse diário.

- Procure dormir no mesmo horário e na mesma quantidade de horas de sono.

- Evite jejum prolongado.

- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente vinhos tintos.

- Evite o excesso de cafeína.

- Evite excessos de exposição a luzes, ruídos e odores fortes.

- Faça exercicíos regularmente de forma moderada.

- Beba bastante água.

domingo, 15 de novembro de 2009

Primeiro aniversário.

Hoje o Blog completa seu primeiro ano, em comemoração fica reproduzida a entrevista concedida a Revista Panorama de circulação nacional sobre a nossa trajetória. São 3.334 visitas e todas estimuladas pelo boca-a-boca daqueles que se interessam pelos temas abordados. Muito obrigado e um grande e fraternal abraço a todos.






sexta-feira, 13 de novembro de 2009

HTLV vírus
















Virus Linfotrópico de células T humana com apresentação de 2 sorotípos I e II.
É um RNA vírus da família retrovírus e subfamilia oncovírus. Responsável por casos de paraparesia espástica tropical e leucemia/linfoma de células T no adulto, sendo que 5% dos portadores do vírus realmente desenvolvem a doença. Todo portador do vírus deve manter um controle clínico-neurológico com a finalidade de avaliar sinais precoces de adenomegalias, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneas sugestivas, olho seco, alterações da força muscular, dos reflexos tendinosos, da sensibilidade e dos esfíncteres.

Por compartilharem as mesmas vias de contaminação devemos pesquisar a possibilidade de co-infecção dos vírus da hepatite B e C, bem como HIV.

Exames a serem realizados: hemograma, rx de tórax, epf, dhl e cálcio no controle laboratorial periódico.

Outras possíveis manifestações seriam: uveíte, polimiosite, artropatias, sindrome de sjogren, pneumonite linfocítica, dermatites e dermatoses associadas ao HTLV, infestação maciça por Strongyloides stercoralis e escabiose.

São formas de transmissão: amamentação prolongada em caso de mãe contaminada, transfusão sanguínea, sexual e seringas contaminadas.

Tratamento: como a maioria dos portadores é assintomática não se aplica nenhum tratamento específico. Tratamentos auxiliares serão indicados na presença de qualquer das alterações citadas acima.

Recomendações aos portadores do vírus HTLV:

- Não doarem sangue, órgãos, esperma ou leite.

- Não compartilharem agulhas, seringas, aparelhos de barbear ou outros perfuro-cortantes.

- Avaliar com o parceiro sexual fixo o uso de preservativos.

- Evitar o aleitamento materno.

- Filhos de mulheres infectadas e por que não pais devem pesquisar a portabilidade do vírus.

Mensagem final: HTLV não é HIV, não é e não causa AIDS.

O fumante passivo
















O fumo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, entre outros) por não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição Tabágica Ambiental (PTA) é a fumaça dos derivados do tabaco e , segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados.

O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil há 2.600 mortes por dia em decorrência do fumo passivo. O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.


A absorção da fumaça do cigarro, por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes, causa vários malefícios à saúde como maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça, risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não fumantes que não se expõem.


Outros malefícios estão atrelados à maior freqüência de infecções respiratórias por vírus e bactérias, risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e piora da asma, bem como o risco cinco vezes maior de bebês terem morte súbita sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil).


O fumo passivo também causa manifestação como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, e aumento da pressão arterial.


Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Substâncias como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontrados em quantidades elevadas. Elas não passam pelo filtro do cigarro e o não fumante inala essas substâncias sem nenhum tipo de proteção que amenize seus efeitos maléficos.


Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superiores que na corrente primária. A amônia existente na formulação do cigarro promove uma transformação química que faz com que a nicotina seja mais absorvida pelo fumante, tornando-o mais dependente da droga. Além disso, é o principal componente irritante da fumaça do tabaco.


Fonte: Dra. Silvia Cury Ismael – Coordenadora do serviço de psicologia e do Programa de Cessação do Fumo do HCor – Hospital do Coração.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Transtorno Bipolar.




















O Transtorno Bipolar é conhecido pela alternância de humor. Ora o paciente apresenta picos de euforia (mania) ora de depressão, com períodos de normalidade entre as fases. Estas mudanças de humor podem acontecer de forma repentina, variando da euforia para a depressão ou vice-versa. Isto ocorre devido a uma perda na capacidade ou dificuldade de avaliar criticamente as situações, levando-o a interpretações erroneas na sua percepção. Fatores genéticos podem contribuir para a alteração, já que é comum encontrarmos mais de um membro da mesma família acometido. Antes de listarmos os sintomas é importante que o portador de transtorno bipolar procure conhecer a doença, as suas características em si próprio e entenda como é feito e proposto o tratamento da mesma. Desta forma ele aumenta as chances de ter uma vida produtiva, estável e com qualidade e felicidade.


Sintomas que podem sugerir uma fase maníaca ou eufórica da doença:

- Euforia aumentada.

-Distração.

- Exaltação.

- Gastos excessivos.

- Irritabilidade, impaciência.

- Pensamento acelerado.

- Aumento de energia e disposição fora de normal.

- Otimismo exagerado.

- Auto-estima exacerbada.

- Falta de senso crítico.

- Insônia.

Em casos mais graves podemos encontrar:

- Abuso de álcool ou drogas.

- Delírios e alucinações.

- Desinibição exagerada.

- Comportamentos inadequados.

- Idéias suícidas.



Sintomas que podem sugerir uma fase depressiva da doença:

- Sentimento de medo, insegurança, desespero e vazio.

- Isolamento social e familiar.

- Apatia, desmotivação.

- Desânimo, cansaço mental.

- Dificuldades de concentração, esquecimento.

- Aumento de sono.

- Alteração do apetite.

- Pessimismo, idéias de culpa.

- Baixa auto-estima.

- Diminuição da libido.

Em casos mais graves podemos encontrar:

- Dores generalizadas pelo corpo, cefaléia, transtornos gastrointestinais, opressão toráxica, etc.

- Idéias suicidas.

Quais são os sintomas mais comumente encontrados?

- Euforia, irritabilidade, impaciência e exaltação na fase de mania e isolamento social, sensação de vazio, insegurança e desespero na fase de depressão.

Qual é o tratamento?

- É feito com uma combinação de medicamentos e psicoterapia, sendo que, quanto mais cedo se iniciar o tratamento, melhores serão as chances de recuperação e de uma vida com qualidade.


Se você acredita estar enquadrado no que foi relatado procure um médico de sua confiança e discuta suas dúvidas e percepções, para que você exerça um direito fundamental. O de ter uma vida mais feliz.

Dica da semana.
















Com a chegada das primeiras chuvas começam os pequenos alagamentos e formação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti que em breve permitirão a eclosão de nova epidemia de Dengue na nossa cidade. A atenção de todos no domícilio e nas empresas é muito importante. Lembrando que calhas, garrafas, piscinas mal cuidadas, plantas ornamentais, pneus, vasilhames e caixas dágua descobertas são importantes fontes de reprodução do mosquito. Não deixem a Dengue estragar o seu dia, fiquem atentos e sejam agentes multiplicadores de cuidados e informações para a família, os vizinhos e os colegas de trabalho.

Leia em dezembro de 2008 texto completo sobre a Dengue. A doença não mudou, de novo, somente a nova epidemia que se apresenta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Como avaliar se estou depressivo.

















Um teste interessante para avaliar nossa sensação de bem estar e pensarmos na possibilidade de Depressão ou desconforto psico-emocional pode ser feito pelo próprio paciente e motivá-lo a iniciar uma avaliação mais efetiva com um profissional. Vejamos o seguinte. Pontue as perguntas a seguir relativas a fatos ocorridos nas últimas 2 semanas.

A pontuação:


O fato acontesse o tempo todo..... 5 pontos.


O fato acontecesse a maior parte do tempo..... 4 pontos.


O fato acontecesse mais da metade do tempo..... 3 pontos.


O fato acontecesse menos da metade do tempo..... 2 pontos.


O fato acontecesse algumas vezes..... 1 ponto.


O fato nunca acontecesse..... 0 ponto.


As perguntas feitas a si próprio:


Tenho me sentido alegre e bem-humorado(a)?


Tenho me sentido calmo(a) e relaxado(a)?


Tenho me sentido ativo(a) e vigoroso(a)?


Tenho acordado me sentindo bem e descansado(a)?


Meu dia-a-dia está cheio de coisas que me interessam?


Uma pontuação menor que 13 indica baixa de bem-estar e é recomendável procurar um profissional médico da área.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dicas sobre o sal.




















Dicas para reduzir a ingestão de sal:
-Não acrescente sal aos alimentos já prontos.


-Nunca tenha um saleiro ‘a mesa.


-Evite conservas e enlatados como picles, azeitona, aspargo, patês e palmito.


-Prefira alimentos frescos em vez dos processados.


-Evite o aditivo glutamato monossódico utilizado em alguns condimentos e nas sopas pré-preparadas.


-Dê preferência ao queijo branco ou ricota sem sal a outros tipos de queijo.


-Evite salgadinhos para aperitivo com adição de sal, como batata frita, amendoim e tantos outros.


-Evite embutidos(lingüiça, salsicha, mortadela, presunto,salame)


Hoje dispomos de uma imensa variedade de sal, desde os mais comuns e baratos até os mais elaborados e caros:
-Sal de cozinha, de mesa ou refinado.


É o mais comum e o mais usado no preparo de alimentos. É dissolvido e recristalizado a temperatura e pressão controladas em instalações industriais. De acordo com as leis brasileiras, o sal de cozinha deve ser acrescido de iodo para se evitar o bócio.


-Sal marinho.


Há diversas tipos de sal marinho, dependendo de sua procedência. A cor de seus cristais pode variar. Bastante usado na cozinha macrobiótica, pode ser colocado em moedor e moído na hora.


-Sal grosso.


Produto não refinado na forma que sai da salina. Em culinária é usado em churrasco, assados de forno e peixes curtidos.


-Sal light.


É um produto com reduzido teor de sódio, fruto da mistura de partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Ideal para pessoas com dietas restritivas ao sal. O uso abusivo dá sabor amargo aos alimentos.


-Sal Kosher.


Sal com cristais grossos e irregulares podendo ser extraído de mina ou do mar, desde que sob supervisão de rabinos. Como sua granulação é mais grossa, é preferido pelos chefes de cozinha, pois adere com maior facilidade ‘a superfície de carnes.


-Sal de Guérande.


Considerado o melhor do mundo, esse sal tem produção artesanal. Extraído na cidade de Guérande, região da Bretanha, França, é um condimento caro. A versão especial desse sal é a chamada “ fleur Du sel”, ainda mais rara.


-Sal defumado.


Tem sabor e aroma peculiares que dão toque especial ‘as preparações.


-Sal de aipo.


Sal de mesa misturado com grãos de aipo secos e moídos. É utilizado para dar sabor aos grelhados de peixe ou de carnes e em caldos e consommés. Pode ser usado para temperar o suco de tomate e outros coquetéis de legumes.


-Gersal.


É muito utilizado na cozinha macrobiótica. Trata-se do sal misturado com sementes de gergelim tostadas e amassadas.


Fonte: Revista Interativa da Sociedade Mineira de Cardiologia ano 02, número 06, pág.59 e 62

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Febre Maculosa - Doença do carrapato
















A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, bactéria gram negativa e parasita intracelular obrigatório sendo transmitida por picada do carrapato do gênero Amblyomma e ocorre quando da permanência do carrapato no corpo humano por no mínimo 4-6 horas. A doença não se transmite de pessoa a pessoa. O contato com o carrapato pode ser dar em ambientes rurais e até urbanos e em atividades de trabalho ou de lazer.
Período de incubação: 2 a 14 dias com média de 7 dias.

Quadro clínico: De difícil diagnóstico, principlmente em suas fases iniciais. Podendo apresentar um quadro clínico variável de forma clássica até atípica. Os sintomas inicialmente são abruptos e inespecíficos como febre, cefaléia, mialgia intensa, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Em torno do 2º ao 6º pode surgir um exantema maculopapular (vemelhidão na pele) que é um importante dado para o diagnóstico, sua ausência, que não é impossível, dificulta e retarda o diagnóstico e o tratamento.

Forma grave: Edema nas pernas, hepatoesplenomegalia, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarréia, diminuição do volume urinário, insuficiência renal, tosse, edema pulmonar, pneumonia intersticial e derrame pleural, alterações neurológicas, petéquias, sangramentos digestivos e pulmonar.

Diagóstico: A história de contato com carrapatos, cultura com isolamento da Rickettsia é o método ideal nem sempre presente, a imunoflurescência indireta (RIFI) é o mais utilizado e um aumento no seu título de 4 vezes com um intevalo de 2 semanas pode ser considerado confirmatório da doença. Outros seriam PCR- reação em cadeia da polimerase e imunohistoquimíca.

Diagnóstico diferencial: Leptospirose, sarampo, febre tifóide, dengue, febre amarela, meningococcemia, febre púrpurica brasileira, doença de lyme e sepses.

Tratamento com antibióticos e conforme protócolo estabelecido.

Medidas de Controle: Atenção quanto as áreas sabidamente contaminadas por carrapatos, Havendo presença de carrapatos na pele do doente, removê-los com luvas e pinças e encaminhá-los para laboratório de referência, utilizar carrapaticidas nos animais contaminados, quando penetrar em áreas contaminadas usar calças e camisas de mangas compridas e claras de preferência para facilitar a visualização do carrapato, inspecionar o corpo para verificar a presença do carrapato.

O que eu faço: Por estar sempre em áreas rurais e com presença de carrapatos, que não necessariamente o do gênero Amblyomma, quando retorno para casa troco e separo toda a roupa utilizada e tomo banho com sabonete de Benzoato de Benzila deixando a espuma no corpo por cêrca de 5-10 minutos e utilizo bucha vegetal para esfregar o corpo, a seguir enxaguo o corpo. É bom alertar que tal medida não é considerada plenamente capaz de evitar a doença. Na dúvida quanto aos sintomas e a doença procure seu médico para maiores esclarecimentos.

Site relacionado com a matéria:


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ecologia II
















HISTÓRICO SOBRE O DIA DA ÁRVORE

Em 21 de setembro é comemorado, no Brasil, o dia da árvore. A data foi escolhida, por ser próxima ao início da primavera - a estação em que as flores aparecem em maior quantidade.

Essenciais para a vida, as árvores não só embelezam o planeta, como mantêm a umidade do ar. Além disso, ajudam a diminuir a poluição, porque dissolvem o gás carbônico gerado durante a queima de combustível. Produzem oxigênio, mudam a direção dos ventos, firmam o solo das encostas e também as margens dos rios.

Através da madeira dos seus troncos ainda é possível colher matéria-prima para a fabricação de medicamentos. No Brasil, a árvore mais antiga é um jequitibá de 3.020 anos, localizado em Santa Rita do Passa Quatro, em São Paulo. Sua copa possui 39 metros de diâmetro, onde vivem tucanos e macacos, entre outros animais.

No dia 21 de setembro comemora-se o dia da árvore, e a escolha da data originou-se em razão da chegada da primavera. Mas antes da escolha dessa data, acontecia no país, na última semana de março, a festa Anual das Árvores, instituída pelo presidente Castelo Branco, a partir de 1965.

Mais adiante, a árvore ganhou um dia especial em virtude de sua importância para a vida humana e também com a chegada da primavera, onde ganham nova vida, abrem lindas flores que dão origem a novas árvores.

Cabe a cada um de nós fazer a nossa parte para preservar o Meio Ambiente e esses seres maravilhosos que são as árvores, construindo um mundo melhor para todos.

Links relacionados na fonte pesquizada:

http://www.velhosamigos.com.br/
http://www.brasilescola.com/
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

É preciso saber beber, saber beber...
















Foi publicado no guia veja de 16 de setembro...


Estudos apontam para uma queda em torno de 26% no risco de doenças cardiovasculares entre homens que consomem até 30 gramas de álcool por dia – o que equivale a uma lata de cerveja ou a uma taça de vinho. “Em doses moderadas, o álcool tem se mostrado eficaz na prevenção do infarto”, afirma o médico nutrólogo Edson Credidio. Acima disso, ele favorece a formação de radicais livres associados ao entupimento das artérias.

... Aos rins...

Uma pesquisa feita por cientistas finlandeses e publicada no American Journal of Epidemiology indica que aqueles que bebem uma cerveja por dia reduzem em 40% os riscos de ter pedras nos rins. “ O resultado é atribuído ao efeito diurético da bebida e a alguns de seus compostos, que inibem a eliminação de cálcio na urina”, explica Edson Credidio.

...É nutritiva...

Além dos benefícios do teor alcoólico, a cerveja é rica em nutrientes, sais minerais, antioxidantes e vitaminas do complexo B, como o ácido fólico, que previne tumores no cólon, na bexiga e nos pulmões.

...Mas dá barriga.

“Bebidas alcoólicas estimulam a produção de insulina, um hormônio que favorece o acúmulo de gordura abdominal”, explica o endocrinologista João César Castro Soares, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. “Por ter baixo teor alcoólico, a cerveja costuma ser consumida em quantidades maiores se comparada ao vinho, por exemplo, o que engorda ainda mais”, diz a nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo. Anote duas latinhas de cerveja somam 300 calorias.

Ou seja, não se encante com as vantagens da reportagem, o aumento da barriga é fator de risco para o infarto do miocárdio. Se você não consegue tomar bebida alcoólica socialmente, mesmo, ou como remédio fique longe dela. Seu malefício é muito maior para o organismo. Nota do autor do Blog.

Dor testicular
















Dor testicular.


Quando nos deparamos com um quadro de dor testicular seja ele em crianças ou adulto a brevidade no diagnóstico é uma condição importantíssima e devemos ter em consideração os seguintes aspectos. Causas de dor testicular: torção do testículo, torção do apêndice do testículo, epididimite, orquite, trauma, hérnia, hidrocele e varicocele. A primeira requer uma conduta cirúrgica o mais breve possível com a intenção de salvamento do testículo acometido, as outras, já nos oferecem um tempo maior para atuação. A hidrocele seria o acúmulo de líquido entorno do testículo que pode ter uma resolução espontânea ou necessitar de cirurgia. A varicocele seria uma variz no testículo que pode causar dor, edema e infertilidade, necessitando muitas vezes de correção cirúrgica. Quanto às outras vejamos.

Torção do testículo:

- Acomete qualquer idade, principalmente recém-nascidos e meninos na pós-puberdade.

- Dor de início súbito e de forte intensidade.

- Se apresenta com testículo elevado e em posição transversal e com dor de início recente.

- Quando se eleva o testículo com a mão e a dor não melhora (sinal de Prehn) pensar em torção.

- Rotação externa do testículo com melhora da dor é indicativo de torção, permitindo abordagem cirúrgica eletiva (orquidopexia)

Torção do apêndice do testículo:

- Acomete mais meninos na pré-puberdade.

- Dor moderada e prolongada.

- Dor intermitente que vai e volta pensar em torção recorrente, com distorção espontânea.

- A dor pode se localizar no pólo superior do testículo.

- Sensibilidade local com a presença de uma descoloração azulada sobre o pólo superior e visível quando da utilização de iluminação trans-testicular é altamente sugestivo de torção. Compare os dois testículos.

Epididimite:

- Acomete mais meninos na pós- puberdade.

- Dor moderada e prolongada.

- Instrumentação urológica prévia pode levar a infecção urinária e epididimite.

- No início sensibilidade e endurecimento do epidídimo e com testículo assintomático, do contrário, pensar em torção.

Trauma testicular:

- Dores fortes de curta duração.

- Pode também levar a torção testicular.

- Dor prolongada avaliar ruptura testicular ou torção.

- Dor que retorna após alguns dias avaliar epididimite traumática.

O que avaliar:

- Região abdominal a procura de alterações nesta.

- Região inguinal a procura de hérnias e tumefações.

- O cordão espermático e sua sensibilidade dolorosa.

- No testículo avaliar se os escrotos possuem o mesmo tamanho, sensibilidade dolorosa, tumefações, eritemas, textura da pele, posição escrotal.

- Presença ou ausência do reflexo cremastérico, que não é muito sensível ao diagnóstico por si só.

Exames laboratoriais:

- Rotina de urina, onde piúria com ou sem bacteriúria nos leva a pensar em epididimite.

- Ultrasom com Doppler testicular- muito fidedigno.

- Cintilografia nuclear- demorada para realizar.

Tratamento:

- Na epididimite ou orquite com piúria utilizar antibióticos.

- Na torção testicular orquidopexia curativa e profilática no escroto contralateral evitando novas torções.

- Na necrose testicular- retirada do mesmo.

- Na torção do apêndice testicular repouso e elevação do saco escrotal; antiinflamatórios e analgésicos não são usados rotineiramente.

- Trauma testicular- reparação cirúrgica da lesão se houver ruptura testicular.

O texto tem um caráter informativo, se apresenta alguma queixa local procure seu médico.

sábado, 22 de agosto de 2009

Disfunção erétil - Sexualidade
















A Sexualidade é movida muitas vezes por incertezas, medos e inseguranças nossos e de outros e a construção de uma vivência é baseada em erros e acertos. Os homens apresentam maior dificuldade em abordar o assunto, já que cobram e declaram uma atitude de alta performance de seu desempenho masculino. Fracassos solitários e raros podem culminar em medo, ansiedade e um sentimento de menos valia em relações sexuais futuras.

Cobrança excessiva de desempenho, culpa, vergonha, preocupações, desinformação, falta de intimidade, pressa, facilidade das relações sexuais, supervalorização do sexo e banalização interferem e até impedem o melhor das sensações de uma relação sexual.

Sexualidade não se expressa simplesmente pelo ato sexual com a penetração peniana, ela envolve intimidade sexual que se traduzem por beijos, carícias e aconchegos.

Nas origens das disfunções sexuais existem aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Lembrando que todo homem possui seu período refratário próprio, que é aquele tempo entre atos sexuais que cada um guarda até concretizar uma nova relação sexual e que é variável entre os homens podendo ser de segundos a dias conforme idade e perfil individual.

Classificação das disfunções sexuais:

- Disfunção de desejo: Disfunção do apetite sexual, do desejo, da libido, da “tesão”, impropriamente conhecido como “frigidez”.

- Disfunção de excitação: Disfunção de ereção, lubrificação ou inadequadamente conhecida como de “impotência”.

- Disfunção de orgasmo: Disfunção da ejaculação que pode ser precoce ou retardada e falta do prazer ou orgasmo.

Dispareunia que é a relação sexual dolorosa e o vaginismo que impossibilita a penetração peniana por espasmo da musculatura vaginal podem existir na presença de desejo, excitação e orgasmo.

As causas das disfunções sexuais:

- Psicológicas: São as principais causas de disfunção sexual. Relacionam-se a possíveis fracassos prévios, momentâneos ou eventuais e a ansiedade.

- Conflitos intrapsíquicos: Relacionados à formação sociocultural, princípios éticos e morais próprios.

- Relacionamento: Relacionamentos desgastados, monotonia, hostilidade, agressividade, intolerância, ciúmes, desejos secundários, gostos e hábitos sexuais diferentes.

- Circunstanciais: Transitórios como desentendimentos, luto, separações, falta de privacidade, estresse, depressão, crises econômicas, etc.

- Desinformação: Tabus, mitos, sendo que estes têm grande prevalência em nosso meio. Mitos do pênis pequeno, do nunca falhar, do orgasmo obrigatório, etc.

- Orgânicos: Relacionados a doenças neurológicas, vasculares, endócrinas, urológicas, ginecológicas, psiquiátricas e uso de drogas ou medicamentos.

A disfunção sexual é uma realidade e deve ser encarada com naturalidade e maturidade, muitos a negam ou se sentem inferiores em compartilhar com o/a parceiro/a suas dificuldades. Um bom começo de superação seria um dialogo franco e sincero já que é muito difícil fingir uma ereção. A partir do momento que a questão é tratada com compreensão, carinho e respeito fica mais fácil a sua solução. A desconfiança gerada pela falta de cumplicidade tem levado muitos relacionamentos ao insucesso. Os parceiros muitas vezes passam a interpretar o/a companheiro/a como infiel ou se sentem incapaz de estimular desejos sexuais, o que acaba por gerar grande sentimento de insegurança. Quando ambos compartilham suas expectativas e deficiências a ansiedade diminui e o relacionamento ganha em afetividade.

Cabe, infelizmente, ressaltar que a disfunção sexual pode trazer ganhos secundários, muitas vezes até inconscientes para alguns, principalmente quando o sexo é usado como forma de poder e controle. Ela pode ser usada como forma de humilhação e menosprezo, podendo manter ou até agravar o problema. Muitos se utilizam da disfunção do parceiro para camuflarem sua própria disfunção.

Relativo à disfunção da excitação/ erétil – não desejo ou orgasmo que podem ter outras abordagens como psicoterapia sexual, hormônios, antidepressivos, etc.- ressaltamos que com o advento das medicações inibidoras da PDE-5 que estimula a vasodilatação dos corpos cavernosos mediada pelo óxido nítrico ereções mais eficazes tem sido observada em drogas como a Sildenafila/ Viagra®, Iodenafila/ Helleva®, tadafila/ Cialis® e outros, desde que haja uma boa interação entre o casal. Tais medicações em nada contribuem para a superação de dificuldades interpessoais de relacionamento. Elas têm indicação, efeitos colaterais e contra-indicações próprias e conhecidas por seu médico bem como disponíveis nas bulas dos medicamentos. Não se pode deixar de citar as próteses penianas e injeções de estímulo a ereção.

São profissionais habilitados a compartilhar seus problemas: urologista, ginecologista e sexólogo, bem como psicoterapeutas qualificados. Na dúvida não se acanhe abra o jogo com seu médico de confiança. Seja feliz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe H1N1/ Suína - Transcrição com atualização
















Muitas pessoas estão confundindo gripe com resfriado e gripe comum com gripe suína. É preciso saber a diferença entre essas doenças para se evitarem pânico, corridas a ambulatórios médicos e pedidos de licença desnecessários.

A prevenção ainda é a maior arma contra a propagação da doença e as medidas são simples: lavar freqüentemente as mãos com água e sabão; seguir a etiqueta de tosse - ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou com um lenço de papel descartável; não compartilhar utensílios e alimentos, inclusive toalha de rosto; evitar contato íntimo com outras pessoas (abraços, beijos); manter portas e janelas sempre abertas para a boa circulação do ar; manter disponível sabonete, álcool gel e papel toalha; evitar eventos em auditórios e aglomerações; colocar máscara em quem apresentar o sintoma, mantendo a pessoa sintomática isolada e quem fizer o manejo do sintomático deve, sempre que possível, usar máscara e imediatamente lavar as mãos ou usar o álcool gel.

É considerado caso suspeito de síndrome gripal por Influenza A, a pessoa com doença aguda (duração máxima de cinco dias), apresentando febre (ainda que referida), acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros DIAGNÓSTICOS.
Caso suspeito de doença respiratória aguda grave acontece quando o indivíduo de qualquer idade tem doença respiratória aguda, caracterizada por febre superior a 38° C, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais. Alguns sinais e sintomas que indicam a doença respiratória aguda grave devem ser observados: aumento da freqüência respiratória - maior do que 25 irpm (inspirações ou respirações por minuto) e hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente (a pressão abaixa). Em crianças, além dos itens acima, deve ser observado também: batimentos de asa de nariz, cianose (pontas dos dedos e lábios roxos), tiragem intercostal, desidratação e inapetência. "é importante salientar que o tratamento dos pacientes com síndrome gripal, seja leve ou grave, não depende do resultado do exame".
A indicação do antiviral segue normas do protocolo de enfrentamento do Ministério da Saúde.

Gripe x resfriado
A gripe comum tem sintomas bem parecidos com os de resfriado, caracterizados por dificuldades respiratórias, que provocam congestão nasal, tosse, rouquidão, febre, dor muscular e de cabeça e mal-estar. É considerado, no entanto, uma doença mais leve, apesar de poder ocorrer complicações, como otites, sinusites e bronquites. Outra diferença importante é que a gripe é causada somente por um tipo de vírus, o Influenza, que possui três subtipos A, B e C (o A e o C podem ocasionar também doenças em animais). Já o resfriado pode ser provocado por outros vírus. Além disso, na gripe, o quadro clínico costuma ser mais grave que o resfriado, e o vírus Influenza sofre mutações freqüentes.

Gripe Comum X Influenza A
Os sintomas da gripe comum e da Influenza A (H1N1) também costumam ser parecidos, sendo as duas caracterizadas por febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e coriza (nariz escorrendo). Elas, no entanto, são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza.
A Influenza ou Gripe A (H1N1) é uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa de pessoa para pessoa, causada por um novo subtipo do vírus Influenza que teve origem na recombinação genética do vírus de origem suína, humana e provavelmente aviária.

Surto
Surto de Síndrome Gripal é um dos termos usados quando se fala em Influenza A (H1N1). É considerado um surto quando ocorrem três ou mais casos suspeitos em ambientes fechados ou restritos no intervalo de até cinco dias após a data do início dos sintomas.
Sites relacionados:

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Colon irritável




















É um distúrbio funcional do trato intestinal, que não é acompanhado por alterações metabólicas, bioquímicas ou estruturais dos órgãos envolvidos. Acomete de 10-15% da população, com prevalência para o sexo feminino.

Os sintomas são desconforto ou dor na parte inferior do abdômen, acompanhada de constipação intestinal ou diarréia ou alternância entre ambos, além de distensão abdominal, gazes, urgência para evacuar e a presença de muco (catarro) nas fezes. Sua intensidade varia de leve até restritiva das atividades diárias dos acometidos.

Sua causa ainda não está totalmente decifrada e as variações de apresentação levam a crer terem uma origem multifatorial. Lembrando que fatores psicossociais contribuem para a expressão dos sinais/sintomas e, possivelmente, fatores imunológicos e inflamatórios.

Para o diagnóstico o melhor critério é o clínico, não que propedêutica laboratorial não possa ser realizada, mas a evolução da doença é que melhor encaminha o diagnóstico. Fique atento a sintomas que duram por mais de 12 semanas ao ano, consecutivas ou não, alívio observado com as evacuações, aparecimento das queixas quando do surgimento de alterações na freqüência das evacuações e mudança na consistência/ forma das fezes. Além dos outros sintomas já citados.

No tocante ao tratamento, medidas farmacológicas e não farmacológicas deveram ser iniciadas.

Não farmacológicas:

- Não há restrições a alimentação propriamente dita, sendo que, as intolerâncias alimentares do paciente devem ser respeitadas.

- Pacientes que se queixam de distensão abdominal e gazes devem evitar alimentos gordurosos e que fermentam.

- Pacientes com constipação intestinal devem ingerir maior quantidade de líquidos e fibras.

- Abordagem psicoterápica é bem indicada quando há um componente psicossocial associado aos sintomas.

- Acupuntura.

Farmacológicas:

- Medicações procinéticas ou antiespasmódicas ou para hipersensibilidade intestinal.

- Lactobacilus.

- Antidepressivos.

Havendo necessidade de medicações seu médico avaliará qual a melhor indicação para sua necessidade. Um abraço e até breve.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Manifesto pela escola.
















Estava acompanhando um campeonato intermunicipal de futsal em uma escola e observei algumas coisas: numa cusparada um jovem lança um chiclete nas escadarias da arquibancada, que já anda coberta de chicletes adesivados, alguns alunos da torcida do próprio time pegam no pé do n°5, que, aliás, é bem branquinho e de olhos azuis e muito bom de bola, o treinador do time bradava c.....o vai na bola, corre, cerca, p...a q.. p...u.
Não sou educador ou sociólogo, mas fruto de um sistema educacional, que envolveu as escolas por onde estudei, e meus pais, que por sua vez tiveram pouco acesso as oportunidades educacionais de sua época. Hoje, muito se fala da violência crescente que vive o meio escolar e muito ouço de queixas dos atuais educadores, de quão difícil é exercer a profissão de mestre. Os alunos, em sua maioria, não querem estudar, aprender, se instruir e se educar. Poderia citar várias vantagens desta oportunidade, mas fiquemos por aqui.

A escola se tornou um ponto de encontro de amigos, de iguais, de diversão ou combinação da mesma, quando não para articulações ditas anti-sociais.Mas, porque me interessei pelo assunto, primeiro por ter filhos em idade escolar e que muito dependem desta instituição e segundo que o problema é de todos que vivem em sociedade e não só do poder público, professores, diretores e alunos por si só. Andei pesquisando para entender como gira o mundo e notei que muito do que vivemos hoje foi sendo construído há décadas.

A primeira metade do século XX foi marcada por destruição das instituições e esfacelamento das sociedades quando da 1ª e 2ª Grandes Guerras Mundiais, que deixaram um rastro de destruição, pobreza, fome e perdas incontáveis. Os sobreviventes com muita disciplina e objetivo tiveram de trabalhar pela reconstrução de cidades e até países, imperou um conservadorismo forte como palavra de ordem. Seguindo as transformações no modelo mundial nos deparamos com o início do confronto capitalismo versus socialismo, que polarizou o mundo durante vários anos, com várias de suas conseqüências como as Guerras do Vietnã e da Coréia. Em um dado momento o povo começou a demonstrar sua insatisfação com tais comportamentos e condutas de época e foi as ruas, muitas vezes jogando pedras e coquetéis molotov na polícia.

O ano de 1968 é único neste contexto. As barricadas estudantis em Paris, que ansiavam por liberdade de expressão e sexual. A morte de Martin Luther King nos USA e o surgimento dos Panteras Negras e suas lutas contra a segregação racial americana e as restrições de convívio e participação social do americano afro descendente. O Brasil não ficou para trás na história, lutava pela liberdade política perdida há alguns anos, lutava contra o AI-5 e com engajamento de representantes de muitas classes sociais e políticas brasileiras. Era tempo de Geraldo Vandré e sua “Prá não dizer que não falei das flores”. Tempo, ainda, da Apollo 7, a primeira tripulada e dos primeiros caixas eletrônicos do país. Os anos 70 que se seguiram formaram a geração paz e amor, que muitas vezes buscaram no álcool, droga e rock and roll as respostas para suas necessidades, ou seja, geração Woodstock. Tais influências se deram em momentos oportunos da história e/ou na dependência do perfil individual ou de grupos suscetíveis.

Os pais e avós do momento são os herdeiros destas mudanças e parecem perdidos na condução desta ordem social, sendo que hoje eles estão em casa cuidando de seus afazeres domésticos, no poder público gerindo o destino da nação, nas escolas ensinando ou dirigindo e nas ruas sendo exemplos de uma geração recém eleita para assumir o mundo. Como cobrar de um jovem adolescente que não atire lixo nas dependências da escola, se em casa a família joga pela janela; como ensinar tolerância na escola, se nas ruas põem fogo em índio ou explodem bombas em homossexuais; como falar de educação e cortesia no trânsito já que sempre tem um te mandando a m...a; como falar em paz ou civilidade se em casa, na rua ou na esquina do bairro tem alguém sentando o braço no outro. Os conflitos começam pelo exemplo que se tem em casa, se vê nas ruas e o que se ensina nas escolas, e cá pra nós a família e as ruas têm muito mais poder de persuasão. Mas que desafios nos esperam? Ajudem a listar o que se pode tentar fazer, contribuam, mande e-mail, e vamos construir uma sociedade melhor...O que se deve esperar do:

Poder Público:
- Propiciar uma escola confortável.
- Escolas com água, telefone, energia elétrica, esporte e internet.
- Transporte adequado para aqueles que necessitem ser conduzidos a escola.
- Oferecer aos professores cursos de reciclagem e formação eficazes.
- Pagamentos justos e meritórios.

Professores:
- Criatividade para estimularem seus alunos a se motivarem com a opção do aprendizado.
- Almejarem ser orientadores e não moralizadores.
- Estimularem os pais de alunos a participarem de atividades desenvolvidas nas escolas, oficinas de pais e filhos parece uma boa idéia.
- Abrirem a escola à comunidade com atividades esportivas, culturais e sociais.

Família:
- Pensarem como parceiros e não competidores a escola pela educação dos seus filhos.
- Estimularem os filhos em suas tarefas escolares.
- Entenderem que todos necessitam de limites para o convívio em sociedade.
- Lembrar que os bons exemplos são a melhor lição da casa, isto mesmo, da casa, para um jovem que está prestes a encarar o mundo.

Estudante:
- Compromisso com o aprendizado.
- Respeito ao mestre que lhe traz uma proposta de mudança e desenvolvimento.
- Compreenderem que a escola pode ser a porta que abrirá melhores condições de vida.
- Se envolverem com as tarefas estudantis, como forma de adquirem cultura, conhecimento e sensibilidade emocional.

domingo, 12 de julho de 2009

Conjuntivite.
















Conjuntiva é uma fina camada que reveste a parte branca do olho (esclera) e a face interna das pálpebras. Sua inflamação é conhecida como Conjuntivite, sendo classificada em cinco tipos, que veremos a seguir.

Conjuntivite Viral:

Mais freqüente, tendo o Adenovírus como principal causador, além de outros como poxvírus, coxsackievírus e enterovírus. As queixas incluem vermelhidão muitas vezes de ambos os olhos, lacrimejamento, sensação de corpo estranho, ardência, secreção ocular mucosa, pode estar associada à infecção das vias aéreas. Ao exame podemos constatar hiperemia conjuntival, edema palpebral, folículos hipertrofiados na conjuntiva palpebral e íngua (linfonodo) na região próxima do ouvido (pré-auricular). É muito contagiosa, devendo-se evitar contato com outras pessoas e lavar frequentemente as mãos que podem ser instrumento de transmissão. O tratamento inclui compressas frias, lágrimas artificiais e uso de antissépticos para limpeza ocular.

Conjuntivite Bacteriana:

Menos comum que a viral, apresentasse com secreção mucopurulenta em maior quantidade e ausência de linfonodo pré-auricular, assim como a anterior apresenta hiperemia conjuntival. Staphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Hemophilus influenza estão entre as principais causas. Clamidia tracomatis pode causar uma forma grave de conjuntivite, Tracoma, que pode levar a cegueira. O tratamento inclui antibióticos em colírio ou de uso sistêmico.

Conjuntivite gonocócica.

Ocorre em recém-nascidos contaminados pela Neisseria gonorrhoeae durante o parto vaginal, que passam a apresentar secreção ocular abundante já nas primeiras 48 horas após o parto. Úlceras corneanas podem complicar o caso com comprometimento visual. A associação com Clamidia deve ser aventada. O tratamento inclui cuidados locais de limpeza, colírios e antibióticos venosos. Hoje em dia é muito rara devido aos cuidados instituídos logo após o parto.

Conjuntivite alérgica.

Tem como característica marcante a coceira (prurido) ocular. Sendo que esta se divide em 5 subtipos a saber:

Conjuntivite sazonal – mais freqüente, relacionada à poeira e pólen. Os sintomas de leve a moderados incluem prurido, ardência, fotofobia e lacrimejamento. Edema e hiperemia conjuntival e reação papilar. O tratamento inclui colírios e medicações antialérgicas que podem ser associados a lágrimas artificiais.

Conjuntivite vernal – mais comum em meninos entre 5 e 15 anos, acompanha estados asmáticos, rinites e dermatites alérgicas. Pode apresentar acometimento corneano. O tratamento inclui além dos antialérgicos, corticóide tópico e até antibióticos.

Conjuntivite atópica – mais rara das conjuntivites alérgicas, frequentemente se associa a dermatite, asma ou outras manifestações alérgicas. As pálpebras podem apresentar dermatite e fissuras. Pode apresentar complicações oculares e o tratamento passa pelos antialérgicos, corticóides e até imunomoduladores sistêmicos.

Conjuntivite papilar gigante – acomete normalmente a pálpebra superior e pode estar relacionado com traumas, suturas ou uso de lentes de contatos gelatinosas. O tratamento inclui anti-histamínicos, corticóides e até remoção cirúrgica destas papilas hipertrofiadas.

Conjuntivite tóxica – Relacionada ao uso de substâncias tópicas que irritam a conjuntiva ocular. Acomete especialmente a conjuntiva palpebral inferior, com hiperemia, reação folicular e ceratite. O tratamento inclui descontinuidade do colírio utilizado e o uso de lágrimas artificiais sem preservativos.

Atenção:

É de bom alvitre lembrar que nem todo olho vermelho significa conjuntivite, crise de glaucoma agudo e ceratites devem ser avaliadas e sua suspeita esta relacionada a dores fortes nos olhos e diminuição da acuidade visual.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Morte encefálica - Texto exclusivo para médicos.
















O Protocolo de Morte Encefálica (Resolução n° 1480 de 08/08/1997 do CFM) só deve ser iniciado se a causa do coma for conhecida, estrutural e irreversível. Atenção se o paciente se apresenta hipotérmico, ≤ 32,2°C; está em uso de drogas depressoras do SNC como barbitúricos, opiáceos, diazepínicos e curares, aguardar de 24-48 horas após suspensão para realizar os exames; ou apresenta distúrbio hemodinâmico com hipotensão, hipoxemia ou distúrbio metabólico grave e reversível capaz de comprometer a função encefálica e a resposta aos testes.

Dois exames clínicos com intervalos estabelecidos a seguir, devem ser feitos por no mínimo 2 profissionais, sendo um deles da área de neurologia. Sendo que nenhum destes pode fazer parte da equipe de remoção ou de transplantes de órgãos.

- De 7 dias a 2 meses de vida incompletos – intervalo mínimo de 48 horas entre os exames.
- De 2 meses a 1 ano incompleto – intervalo mínimo de 24 horas entre os exames.
- De 1 ano a 2 anos incompletos – intervalo mínimo de 12 horas entre os exames.
- Acima de 2 anos – intervalo mínimo de 6 horas entre os exames.

Exames clínicos a pesquisar:

1- Coma aperceptivo e arreativo (Glasgow 3)
Ausência de qualquer resposta motora a forte estimulo doloroso; ausência de convulsões, tremores; postura em descerebração ou decorticação. Sinais de reatividade infraespinhal como reflexos osteotendinosos profundos, cutâneo abdominal, cutâneo plantar em extensão ou flexão, cremastérico superficial e profundo, ereção peniana reflexa, arrepio, reflexo flexores de retirada dos membros superiores ou inferiores e reflexo tônico cervical não afastam o diagnóstico de morte encefálica.

2- Reflexo óculovestibular (prova calórica)
Infundir cerca de 50 ml de água gelada lentamente no conduto auditivo livre de obstruções e observar qualquer movimento de desvio ocular para o lado da infusão. Manter observação até 2 minutos após fim da infusão.

3- Pupilas fixas e arreativas. (Reflexo pupilar)
As pupilas se mantém fixas com dilatação mediana ou completa e na linha média quando de estímulo por luz forte direta sobre elas e por 10 segundos. Afastar efeitos de atropina, anfetamínicos, midriáticos ou trauma ocular.

4- Reflexo córneo-palpebral.
A estimulação da córnea com a ponta de uma gazinha não produz nenhuma tentativa de fechamento ocular.

5- Reflexo óculoencefálico.
A cabeça é movimentada de um lado ao outro ou fletida e extendida e se observa se ocorre o movimento ocular na direção contrária. Nos casos de trauma com possível fratura cervical realizar somente o reflexo oculovestibular.

6- Reflexo de tosse ou vômito.
Ao estimular a faringe e a laringe ou movimentar o tubo endotraqueal ou aspirar a traquéia não ocorre reflexo de tosse, náusea, sucção, movimentação facial ou de deglutição.

7- Teste de apnéia.
Último a realizar. Ajuste o respirador para uma PaCO₂ em torno de 45 mmHg. Aumente a concentração de O₂ para 100% pelo menos 10 minutos. Opcionalmente gasometria prévia antes do teste para avaliar a PaCO₂ prévia. Desconectar o respirador e manter sonda traqueal com oxigênio a 6 litros/minuto para adulto e proporcional para crianças. Observar a presença de qualquer movimento respiratório por 10 minutos ou até que a PaCO₂ suba acima de 55 mmHg.
Exames complementares:

São passíveis de comprovação de morte encefálica um dos seguintes exames complementares: EEG, Angiografia cerebral, Cintilografia radioisotópica com tecnécio, Monitorização da pressão intracraniana, Potencial evocado, Tomografia computadorizada com xenônio, Ultrasonografia com Doppler transcraniano, Tomografia por emissão de fóton único ou por emissão de pósitrons ou Extração cerebral de oxigênio. Caso se opte pelo EEG, mais comum, deve-se realizar 2 exames e guardar intervalo entre os dois exames de 48 horas para crianças de 7 dias a 2 meses incompletos, 24 horas para crianças de 2 meses a 1 ano incompleto e de 12 horas de intervalo para as outras idades.

Constatada a morte encefálica comunicar a família e a Central de Notificação, Captação e Distribuição de órgãos para transplantes.