quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Hanseníase


É uma doença infectocontagiosa crônica, CURÁVEL, causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo altamente infecioso, mas com baixa patogenicidae, ou seja, baixa capacidade de causar doença.

Critérios para diagnóstico: presença de um ou mais de:
- Lesão de pele com alteração da sensibilidade na mesma.
- Espessamento de um ou mais nervos periféricos com alteração de sensibilidade.
- Baciloscopia positiva para o bacilo de Hansen.

Modo de transmissão: Contato prolongado de pessoas SUSCETÍVEIS com pacientes bacilíferos não tratados, especialmente no ambiente domicilliar.

Período de incubação: De meses a mais de 10 anos, média de 5 anos.

Período de transmissão: Enquanto estiver bacilífero, iniciado o tratamento o mesmo já deixa de ser contaminante.

Diagnóstico: Clínico e laboratorial como pesquisa de bacilos em linfa de lobo de orelha.

Diagnóstico diferencial: Eczemátide, nevo acômico, pitiríase versicolor, vitiigo, pitiríase rósea, eritema polimorfo, eritema nodoso por outras causas, granuloma anular, eritema anular, lúpus, farmacodermia, pelagra, sífilis, alopécia, areata, xantomas, esclerodermias.

Tratamento: Por serem mais eficazes é recomendado associações medicamentosas em regime ambulatorial, ou seja, não se necessita de internação hospitalar. Com duração de 9 a 18 meses.

Atenção: a Hanseníase não confere imunidade, ou seja, podemos pegar novamente. É bom lembrar que também existe a possibilidade de recidiva da doença. Qualquer alteração de pele, seje, manchas brancacentas ou avermelhadas e com alterações da sensibilidade, da sudorese ou dos pêlos procure a orientação de um dermatologista.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
















O TOC é uma alteração psiquiátrica caracterizada por pensamentos ou idéias difíceis de controlar (obsessões) exemplo disto é sempre achar que deixou de trancar a porta de casa ou que se esqueceu de desligar o ferro de passar roupa antes de sair, levando a comportamentos repetitivos (compulsões) que são respostas as obsessões.

Os ditos sintomas obsessivo-compulsivos podem estar presente em muitas pessoas sem no entanto, atrapalharem a sua rotina de vida, seriam pequenos detalhes do cotidiano, que não comprometem a vida social, familiar ou profissional. Cerca de 2 a 2,5% da população geral recebem o diagnóstico de TOC em consequência a este comprometimento e devido à gravidade dos sintomas apresentados.

Os sintomas podem ter um componente agressivo, sexual e religioso e compulsões de checagem; obsessão de simetria e compulsão de ordenação, contagem e repetição de rituais; obsessão de contaminação e compulsão por limpeza, além de obsessão e compulsação de acumulação (colecionismo).

As causas podem ter origem familiar e/ou ambiental. Pode ser observado em mais de um membro de uma família e ser dependente de estímulos ambientais como traumas e infecções.

Algumas alterações podem ser confundidas com TOC, como o Transtorno Dismórfico Corporal (“feiura imaginária) onde o paciente se acha portador de deformidades que o levam a estar frequentemente se checando no espelho ou questionando amigos e familiares quanto à existência de tal anormalidade. É bom salientar que indivíduos que apresentam problemas com álcool, drogas, alimentação em excesso ou jogos tem comportamento mais impulsivo e não, necessariamente, compulsivo. Já que o primeiro oferece prazer e o último ameniza a ansiedade que acompanha a obsessão. Na Depressão os sintomas podem estar relacionados com sensações de culpa ou autoflagelo, mesmo tendo um caráter repetitivo e desagradável. A Esquizofrenia é acompanhada pela perda da realidade, com sintomas de delírios, alucinações e isolamento social.

O diagnóstico é principalmente clínico e de preferência feito por um psiquiatra. Exames poderiam ser feitos somente para colaborarem com a hipotese de que não há outra doença em curso ou paralela. Lembrando que é possível a associação com outras doenças psiquiátricas. Em 90% dos casos podemos observar depressão, ansiedade ou dependências químicas.

O TOC é tratável e em grande parcela dos pacientes os sintomas deixam de interferirem com a rotina de vida de seus portadores. Tal tratamento inclui antidepressivos da família dos inibidores da recaptação de serotonina e terapia cognitivo-comportamental. Outros medicamentos de outras classes podem ser empregados se necessário e dependendo da avaliação de seu médico. Além do que existem os grupos de apoio aos familiares de portadores de TOC que orientam e apóiam aqueles que compartilham das dificuldades apresentadas por estes pacientes e que acabam por influenciar toda a família.