quarta-feira, 28 de julho de 2010

Entenda o seu calmante

















Existe no mercado farmacêutico várias medicações com capacidade de diminuir a ansiedade, ou seja, acalmar as pessoas. Dentre elas e sendo as mais utilizados temos os chamados Benzodiazepínicos, muito populares e com várias formulações conhecidas do público em geral.

Os mais prescritos são: Diazepam/ Valium, Lorazepam/ Lorax, Clonazepan/ Rivotril, Alprazolam/ Frontal e Midazolam/ Dormonid.

São medicações muito boas e que estão sendo utilizadas de forma abusiva. Não adianta tomar calmante quando se briga com o namorado, tomou um pito do chefe, a esposa está de TPM ou o relacionamento com os outros anda difícil. Sejamos práticos, poderíamos utilizar nestas situações por um curtissímo tempo e com o compromisso de se vencer ou resolver os problemas que estão nos aterrorizando. Tal solução poderia passar até por uma psicoterapia com um profissional especializado.

Os Benzodiazepínicos podem com o uso prolongado causar dependência química e psicológica. A química é quando o cérebro passa a necessitar do medicamento no seu metabolismo diário, sua ausência causa sintomas de abstinência que podem apresentar agitação, depressão, inquietação, apatia, delírios e etc. O medicamento quando usado por longos períodos deve ter sua retirada feita gradativamente. A dependência psicológica é aquela que o paciente se sente inseguro quanto a retirada do medicamento e precisa tê-lo por perto para possíveis eventualidades.

Todos os medicamentos citados acima são indicados para insônia, ansiedade, medo, etc. Seu efeito começa em torno dos 30 minutos após a ingestão oral e a duração do mesmo é variável entre eles. O Diazepam teria o efeito mais prolongado ( em torno de 24 horas ). O Alprazolam e o Lorazepam um efeito de duração curta (10-15 horas) e o Clonazepam efeito mediano ( 15-21 horas). Devemos avaliar o perfil do paciente antes de indicar qualquer um deles. Se você necessita estar bem disperto no dia seguinte opte por uma medicação de efeito curto, caso ela não consiga mantê-lo bem por todo um dia, devemos avaliar um de potência maior ou fracionarmos o uso daquele de curta duração.

Gostaria de lembrar a todos, que toda medicação possui efeitos colaterais e contra-indicações que não foram abordados aqui. Seu médico saberá qual a melhor medicação indicada para você e si está indicada, além de avaliar nas consultas inicial e de rotina às contra-indicações e possíveis efeitos colaterais. Não deixando de sugerir terapias não medicamentosas para ajudar, como, yoga, psicoterapias, exercícios físicos e outros. Um grande abraço e até breve. 

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Glaucoma - pressão alta nos olhos.

















O Glaucoma é uma doença que acomete os olhos e com frequência é desconsiderada pelos pacientes quanto aos seus sintomas e gravidade. Muitos acreditam que o Glaucoma é sempre acompanhado de dor nos olhos e vermelhidão. Na verdade, temos dois tipos de glaucoma, o agudo e o crônico.

O Glaucoma Agudo (ângulo fechado) é acompanhado de fortes dores, náuseas e hiperemia (vermelhidão) dos olhos. Sendo raro e devido a exuberância do quadro clínico procura rapidamente uma assistência médica.

O Glaucoma crônico (ângulo aberto) que é a maioria dos pacientes, é uma doença assintomática no início e que leva a perda progressiva da visão periférica, podendo levar a cegueira total e irreverível, caso não seja diagnosticada e tratada em tempo hábil.

O tratamento possui um grande arsenal de medicamentos tópicos, que muitas vezes dispensam a cirurgia.

Não deixe de procurar seu oftalmologista regularmente. Lembre-se de que o Glaucoma é uma doença silenciosa e que só através de seu exame periódico dos olhos, do diagnóstico precoce e preciso e do tratamento adequado será possível continuar enxergando as belezas da vida.

Fonte consultada: BIP do COMAER de jan - mar de 2010.

EPIs para escritórios gelados.

















Se você trabalha em alguma empresa que possui ar condicionado central e sua mesa fica debaixo da saída do ar ou sofre com a temperatura ambiente, chegando a se incomodar com a diferença térmica entre o escritório e o ambiente externo, inclusive apresentando resfriados, gripes e rinites repetidas vezes ao ano. Providencie seu Kit de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para ambientes frios. Acredito que não haja a possibilidade de desligarem o ar condicionado por sua causa, seu médico não tem como te oferecer atestados de afastamento de longo prazo e a demissão do trabalho não seria uma boa alternativa.Seu Kit deve contemplar o seu conforto térmico, a sua saúde e manter sua aparência condigna com sua personalidade, ou seja, precisa ser "fashion" respeitando seu estilo. Dos ítens listados à seguir opte por alguns ou todos se achar conveniente.

- ítem nº 1 (importante): Casaco de frio.
- ítem nº 2 (importante): Cachecol.
- ítem nº 3 (importante): Mantenha os pés aquecidos com meia e calçados fechados.
- ítem nº 4 (semi-importante): Gorro para a cabeça.
- ítem nº 5 (semi-importante): Luvas que não atrapalhem seus movimentos.
- ítem nº 6 (pouco importante): Gorro que cobre o rosto. (balaclava).
Ah! Não precisa carregá-los com você, deixe-os em uma gaveta ou armário do escritório, utilizando-os  sempre que precisar. Não se esqueça que precisam ser lavados com frequência, evitando acúmulo de poeira e ácaros. Se não tem dois pares de cada ítem, aproveite o fim de semana para lavar e passá-los a ferro quente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Doenças bolhosas da pele
















Pênfigos são doenças bolhosas que acometem a pele e às vezes as mucosas (boca, olhos, vulva, etc). São raras e possuem causas imunológicas (anticorpos) e ambientais. No caso do Pênfigo Foliáceo, também chamado Fogo Selvagem, suspeita-se de um mosquito simulideo. O organismo humano produz anticorpos contra antígenos (proteínas) provenientes do mosquito que reagem de forma cruzada com proteínas da pele humana causando as lesões típicas da doença.


Várias são as doenças bolhosas que nos afligem: Pênfigo foliáceo, P. Vulgar, P. Paraneoplásico e os Penfigóides bolhoso, cicatricial e gestacional; temos ainda, Dermatite herpetiforme, Dermatose por IgA linear, Dermatose bolhosa crônica da criança e a Epidermólise bolhosa adquirida. Não se desespere com tantos nomes, as diferenças são muitas vezes sutis e todas têm em comum a presença de bolhas na boca, na pele ou nas palmas da mão e plantas dos pés com algumas variações.

Podem ser relacionadas com outras doenças como Timoma, Leucemias, Sarcomas, Doenças linfáticas, Miastenia gravis, Lupus Eritematoso Sistêmico, uso de determinados medicamentos (captopril, indometacina, fenilbutazona, isoniazida, D-penicilamina, etc.), após queimaduras, radiação ultravioleta e raios-X.

No Penfigóide bolhoso o idoso é mais acometido e se caracteriza por prurido (coceira) inicial, lesões eritematosas e urticas (vermelhidão) que depois evoluem para bolhas na pele e mucosas. Pode ser causada por determinados medicamentos, além de outras causas ainda não bem definidas. Fatores físicos, radiação ultravioleta, radioterapia, Diabetes mellitus, Artrite reumatóide e Colite ulcerativa têm sido relatadas em associação.

No Penfigóide cicatricial a boca e os olhos são os locais prevalentes e algumas lesões bolhosas pertos de orifícios naturais podem surgir.

No Penfigóide gestacional surgem bolhas ao redor do umbigo em torno do segundo ou terceiro trimestre da gravidez e que podem exarcebar durante a menstruação ou uso de anticoncepcionais no futuro.

Na Dermatite herpetiforme ocorrem erupções pápulo-vesículosas em superfícies extensoras e frequentemente associada à Doença celíaca ou intolerância ao glúten. O prurido está presente.

Na Dermatose por IgA linear o quadro clínico é semelhante a D. herpetiforme, não havendo associação com a D. celíaca e as lesões pápulas urticariformes vesiculares ou bolhosas surgem mais no abdômen inferior, períneo, membros inferiores, região perioral, podendo acometer mucosas.

Na Dermatose bolhosa crônica da infância temos semelhanças a IgA linear, sendo que está acomete crianças com menos de 5 anos de idade e mais a face e o períneo.

Na Epidermólise bolhosa adquirida temos um quadro de difícil diferenciação do P. Bolhoso com possível indução por traumas locais e dependente de histologia e histoquímica para o diagnóstico.

O tratamento das doenças bolhosas da pele inclui corticóide tópico ou sistêmico, sabonetes antissépticos, imunossupressores, antibióticos, sulfonas, colchicina, dieta e outros que seu médico definirá como mais apropriado.

Fonte: Apostila de Dermatologia do Cemepe.