terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que é Diabetes

















É uma doença metabólica caracterizada por um aumento de glicose ou açúcar no sangue, devido a falência  total ou parcial na capacidade do pâncreas de produzir insulina, substância responsável pela entrada da glicose nas células do organismo.

Sinais e sintomas:
- Sede exagerada.
- Vontade de urinar muitas vezes ao dia.
- Emagrecimento, mesmo tendo mais fome ou comendo mais que o habitual.
- Fome exagerada.
- Vista embaçada.
- Infecções repetidas.
- Machucados que demoram a cicatrizar.
- Cansaço inexplicável.
- Dores nas pernas por má circulação.
- Pessoas com mais de 40 anos podem ser diabéticas com poucos ou nenhum sintoma específico.

Ainda hoje no Brasil muitas pessoas padecem de cegueira, insuficiência renal, infartos no coração e amputações de dedos dos pés e até membros inteiros por desconhecerem que são diabéticos ou negligenciarem a doença. Estas doenças não são exclusivas do Diabetes mellitus, mas possuem uma contribuição importante no seu desencadeamento ou complicação.

Tipos de Diabetes:

Diabetes gestacional:
Durante a gravidez duas situações podem acontecer. A mulher que já era diabética engravida e aquela que não tinha história anterior da doença durante exames de rotina do pré-natal apresenta alterações nas dosagens de glicose no sangue. Diabetes gestacional seria o segundo caso, quando alterações glicêmicas são observadas pela primeira vez durante uma gravidez e que pode ou não voltar ao normal após o parto. Ambos os casos requerem cuidados de dieta apropriada e até o uso de insulina se for o caso, não se utiliza medicamentos via oral para o controle do diabetes gestacional.

Diabetes tipo I ou insulino-dependente:
Este tipo de diabetes é uma alteração imunológica onde as células beta do pâncreas responsáveis pela produção de insulina são lesadas ou destruídas deixando de produzir a tal da insulina. Está é uma doença imunológica como são a esclerose múltipla, o lupus e algumas doenças da tireóide.
Pode acontecer em qualquer idade, sendo mais comum em pacientes jovens, por isto já foi conhecida como diabetes juvenil.
O tratamento principal é a reposição de insulina através de insulina em doses diárias única ou múltiplas. Tais reposições podem ser feitas por bombas de insulina, canetas ou seringas e com tipos variados de insulina, tudo vai depender de suas necessidades. Em outra ocasião poderemos falar sobre os tipos e maneiras de aplicar a insulina.
Muito importante no tratamento é o estilo de vida do paciente, uma dieta adequada, atividades físicas regulares e não fumar são importantíssimos. A dieta não é necessariamente de restrição, mas sim de adequação, o que é diferente.

Diabetes tipo II:
Possui um fator hereditário maior até que o diabetes tipo I. Está muito relacionado com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que de 60 a 90% dos doentes sejam obesos e sua maior incidência ocorre à partir dos 40 anos de idade.
Sua característica é a chamada "resistência insulínica", o que trocando em miúdos significa que o organismo produz insulina, só que está não consegue a nível das células do organismo metabolizar adequadamente a glicose presente no sangue, elevando os níveis de glicemia.
O controle de peso, a atividade física regular, a dieta adequada, bem como não fumar são partes integrais do tratamento. No que tange a medicamentos, estes podem ser tomados pela boca - via oral - ou associados a insulina ou até substítuidos por ela em algum momento do tratamento.

Dica de controle da glicemia para o paciente diabético:
Adquira na farmácia um aparelho chamado glicosimetro e passe a monitorar a sua glicemia capilar, aquela na ponta do dedo, em alguns momentos do seu dia, bem como quando sentir algo diferente e anote os valores, o dia e o horário. Sugiro alguns horários aleatórios para seu controle: pela manhã em jejum, 2 horas após o almoço, ao deitar, eventualmente quando acordar de madrugada e sempre que sentir mal e achar que pode ser da diabetes ou hipoglicemia. Não precisa medir nestes horários em um mesmo dia, faça as medidas em horários e dias diferentes, não deixe de anotar em uma ficha e leve para seu médico analisar quando das consultas de controle. O controle ficará bem mais eficaz do que só dosar a glicose no sangue no laboratório.

Outra dica:
Caso você seja hipertenso, ou seja, tenha pressão alta, passe a monitorar a sua pressão arterial em horários e dias variáveis ou quando sentir alguma coisa e anote para analise de seu médico. Adquira na farmácia um bom aparelho de controle de pressão que seja confiável, não necessariamente caro ou de difícil manuseio. Tratando bem e com carinho das duas doenças, talvez, você evolua sem complicações das mesmas durante a sua vida.

Fonte:
Sociedade Brasileira de Diabetes.