sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Olheiras
















Tipos de olheiras.

Constitucionais: são olheiras acastanhadas e fundas caracterizadas pela anatomia da face. O globo ocular fica alojado em um orifício que, neste caso, é anatomicamente mais profundo e recoberto por uma pele muito fina que permite transparecer a sombra da cavidade. Muito comum nas etnias indiana e árabe. Os tratamentos para clarear e suavizar olheiras desse tipo são geralmente lentos e apresentam resultados pouco perceptíveis. O laser (luz intensa pulsada) e o preenchimento com ácido hialurônico pode ser uma boa opção para este caso.

Melânicas: olheiras acastanhadas causadas pelo acúmulo de melanina (pigmento que fornece o tom a pele), que, por sua vez, é desencadeado pelo excesso de sol ou estímulo hormonal. Os tratamentos que favorecem a despigmentação apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.
Sanguíneas: olheiras arroxeadas causadas por acúmulo de hemoglobina (pigmento sanguíneo) ou produtos de sua degradação (ferro). Os tratamentos que favorecem a microcirculação e agem como quelantes de ferro apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.

Vasculares: olheiras azuladas causadas por excesso de retenção de fluidos. Tendem a agravar-se em situações de stress e cansaço, quando a circulação sanguínea da região torna-se parcialmente comprometida. Os tratamentos que favorecem a microcirculação apresentam bons resultados no clareamento e suavização desse tipo de olheiras.
Fonte: www.mirianmmaciel.blogspot.com

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como tratar cicatrizes de acne.














Microagulhamento/ Dermaroller.


Pequeno instrumento no formato de um rolinho com uma série de pequenas e finas agulhas que ao se manipular sobre a pele estimula a produção de colágeno e o rejuvenescimento. Pode ser aplicado na pele após o uso de anestesia tópica ou bloqueio anestésico.

Qual a sua indicação?

- Rejuvenescimento facial, rugas, cicatrizes de acne, manchas claras e estrias.

Quantas sessões são realizadas?

- Uma média de 5 sessões são indicadas. Somente o tempo poderá definir qual a necessidade do paciente e sua resposta ao tratamento instituído.

Quem não pode realizar?

- Gestantes, alergia a qualuqer componente utilizado, pessoas com o hábito de cutucar a pele, pessoas que utilizaram isotretinoina, acitretina nos últimos 6 meses, portadores de vitiligo ou doença de pele; pessoas que não podem descamar por motivos profissionais, sociais ou se expor ao sol em menos de 30 dias, pessoas que tendem a formar quelóides/ cicatrizes grosseiras.

Podem acontecer complicações?

- Todo procedimento médico é passível de complicações. estes serão minimizados pela correta avaliação da pele e pelo uso correto da técnica e dos medicamentos prescritos. A maior parte pode ser reversível com tratamento adequado.

Cuidados antes da realização do procedimento:

- Preparar a pele anteriormente por um tempo de 15 a 60 dias e utilizar filtro solar durante o dia a cada 3 horas.

- O preparo deve ser interrompido 2 dias antes do procedimento.

- No dia não aplique maquiagem ou hidratantes na pele.

- Utilize um anestésico indicado pelo seu médico ou de uso rotineiro no caso de sensibilidade a dor.

- Caso tenha herpes labial avise seu médico para indicar uma profilaxia de nova crise.

- Utilize uma bluza de fácil remoção que não traumatize a face.

- O filtro solar talvez poderá ser usado após o procedimento.

- Já mantenha a mão os produtos indicados para o pós-procedimento, como o creme com fator de crescimento de colágeno.

- Tire todas as dúvidas com seu médico antes da realização do tratamento.

Fonte: apostila do ISMD.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Distúrbios psiquiátricos





















Algumas diferenças:

Esquizofrenia:
- Alucinações visuais ou auditivas.
- Delírios/ histórias desconexas e irreais.
- Apatia/ indiferença.
- Achatamento de emoções/ insensível para coisas boas ou ruins.
- Isolamento social/ reclusão.

Depressão:
- Falta de prazer/ânimo para tarefas diárias.
- Fraqueza.
- Sensação de inutilidade/ comum em aposentados ou doenças físicas.
- Insônia.
- Idéia ou vontade de morrer.

Estresse:
- Palpitações/ coração disparado.
- Emagrecimento ou engorda.
- Sudorese excessiva.
- Mãos e pés frios.
- Pânico/ medo excessivo diante de determinadas situações ou recordações. 

Déficit de atenção:
- Desatento.
- Desconcentrado.
- Desorganizado.
- Desiste fácil das coisas.
- Esquecido.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Você é viciado em internet?


















Responda às perguntas abaixo, caso marque SIM em pelo menos três, é você tem problemas.

1- Em um momento de tristeza, você assisti de novo alguma coisa engraçada no You Tube?

2- Quando está navegando e surge alguém para conversar, você fica irritado ou impaciente?

3- Você sofre com a possibilidade de ficar sem ou da internet acabar?

4- Você deixa de sair com seus amigos para ficar mais um pouco conectado?

5- Você dorme pouco, porque prefere ficar até tarde na rede?

Se for o caso, procure ajude médica ou de um psicólogo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fator de Proteção Solar (FPS)

















O que significa os números FPS no seu protetor solar?
Representa o tempo a mais que a pele fica protegida antes de ficar vermelha. Exemplo, se sua pele leva 5 minutos para ficar vermelha quando exposta ao sol, ao passar um protetor fator 15, a pele ficará protegida por 15 vezes mais tempo - 75 minutos. Este mesmo protetor em uma pele escura que poderia levar 10 minutos sem proteção, ficaria 150 minutos protegido. Atenção, isto depende da qualidade do protetor e o uso de um protetor 60 não significa proteção 4 vezes maior que um de 15, à partir de 30 a proteção aumenta pouco em relação a referência que é o FPS 15.
Estes números são definidos em testes onde se divide a DME (dose mínima de eritema) com o protetor sobre a DME sem o protetor solar.
Fonte: Revista Superinteressante de novembro de 2012.

domingo, 11 de novembro de 2012

Cistite



















É uma infecção do aparelho urinário que ataca a bexiga e é mais comum em mulheres com vida sexual ativa. As bactérias se originam da região peri-uretral, vaginal ou anal e ascendem ao trato urinário.

Os sintomas incluem dor ou ardor ao urinar, urgência para urinar, aumento da frequência de micção com pequenos volumes, dor supra-púbica ou no pé-da-barriga, sangue ou urina turva, mal cheiro. Não apresenta febre.

A rotina de urina pode apresentar sangue e leucócitos/ piócitos, o diagnóstico que é essencialmente clínico pode ser confirmado pela urocultura que normalmente evidencia a bactéria E. coli.

O tratamento é feito com antibióticos por um período de 3 a 5 dias, existem estudos com dose única.

Quando nos deparamos com infecções repetidas devemos investigar com uma urocultura para que se possa avaliar a persistência bacteriana – resistência ou a contaminação através de um microorganismo diferente dos casos anteriores, reinfecção.

A persistência bacteriana pode ser causa de cálculos renais, refluxo vesico-ureteral, infecção urinária alta crônica/ pielonefrite, mal formações congênitas ou obstruções.

A reinfecção deve ser avaliada em casos de baixa ingestão de água, inibição ou retenção de urina por longos períodos, uso de diafragmas ou espermicidas, o excesso de higiene com modificação da flora bacteriana natural da região genito-urinária, tampões de uso prolongado, bem como o intestino preso. Há relatos que o tipo de vestimentas íntimas de tecido sintético e calças apertadas contribuem para sua ocorrência.

No caso de infecções crônicas e repetidas muitas vezes se torna necessário o uso de antibióticos por longos períodos como forma preventiva. Urinar após a relação sexual é citado como forma preventiva da infecção.

Mulheres que se encontram na menopausa devem fazer uso de estrogênios intravaginais como forma de hidratar e estimular a mucosa vaginal.

O uso de vacinas com fragmentos de bactérias é uma tentativa de estimular o sistema imunológico da paciente.

Uma observação pessoal é o aumento da incidência de cistite em mulheres jovens e principalmente nas estações mais secas do ano em Belo Horizonte, acredito que o ressecamento que se observa na pele, pode se estender as mucosas, o que as torna mais susceptíveis a invasão bacteriana.

Fonte: Infecção urinária de Luis Costa e Paulo Príncipe.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Morrer com dignidade II

















A morte é a única certeza que temos quando nascemos. A vida é um privilégio ofertado por Deus, que é regida por um contrato de risco assinado com o Todo Poderoso. Quando estamos para nascer Ele ou um representante Seu nos apresenta um contrato que entre suas várias cláusulas há aquelas que dizem que este tem início, meio e fim. Durante a vida não sabemos se seremos bonitos ou feios, ricos ou pobres, saudáveis ou doentes, felizes ou não em nossas escolhas. Somente sabemos que ela terá finitude. A cada dia de nossas vidas estamos executando ou exercendo este contrato.

Recentemente o Conselho Federal de Medicina editou a resolução nº 1.995/ 2012 e a publicou no Diário Oficial da União em 31 de agosto de 2012, que dispõe sobre as diretrizes antecipadas de vontade dos pacientes. Nesta, orienta os médicos e não-médicos a como procederem diante do inevitável momento de passagem pelo fim da vida. Muitos de nós temos dificuldades de lidar com ele, seja no próprio caso ou de um ente querido. Seria muito bom se tirássemos um pequeno tempo de nossas vidas para trabalharmos esta realidade. Estamos nos preparando para o fim da vida? Estamos preparados para à partida de quem amamos por toda uma vida? Somente você pode responder a estas perguntas.

Eu, tirei um tempo, não sei se suficiente, só a vida e a experiência dirá. Depois de refletir e analisar os conceitos abaixo, disse: NÃO a Eutanásia ou a Distanásia e SIM a Ortotanásia. Elaborei então o meu Testamento Vital que foi comunicado a minha família e é assinado por mim, representantes  da minha família, testemunhas e um médico de minha confiança. Ele servirá para balizar decisões, caso eu não possa decidir por mim mesmo frente a uma doença incurável ou que me limite a consciência. Se quiser pode registrar em cartório.

Conceitos:

Eutanásia: É o ato de abreviar a vida, através da administração de alguma substância letal ao indivíduo (eutanásia ativa) ou pela suspensão ou omissão de um determinado tratamento que traria benefícios ao paciente (eutanásia passiva).

Ortotanásia: É a morte a seu tempo, onde é privilegiado o alívio de sintomas, principalmente a dor. Procedimentos obstinados, que não podem melhorar a doença ou o quadro clínico do paciente, são desaconselhados.

Distanásia: É o prolongamento do processo de morte através da realização de procedimentos ou tratamentos que nada beneficiam o paciente, somente adiam a morte e prolongam o sofrimento do paciente e seus familiares.

Testamento vital (modelo)


Eu, Fulano, profissão, estado civil, data de nascimento, natural de, identidade, CPF, endereço,  e baseado na Resolução número 1995 de 31/08/2012 do Conselho Federal de Medicina, caso seja acometido de doença grave e incurável, que me cause perda das faculdades mentais, com rebaixamento do nível de consciência, sem possibilidades de melhora ou que me leve a sobreviver em um estado vegetativo ou com uma qualidade de vida indigna com a condição humana apresento meu desejo antecipado de cuidados a mim ofertados. Declaro ainda em vida e no gozo de minhas faculdades mentais que aceito a terminalidade da vida e repudio qualquer intervenção inútil, fútil ou heróica por mais bem intencionada que seja. Ou seja, não quero, qualquer ação médica pela qual os benefícios sejam nulos e não superem os seus potenciais malefícios. Minha decisão inclui internação prolongada em UTI, Home Care sem perspectivas de melhora, respiração e alimentação artificial, bem como não desejo ser submetido à reanimação no caso de parada respiratória ou cardíaca. Fica-me reservado o direito a partir desta manifestação de acesso as novas tecnologias da medicina caso elas me permitam recuperar minha integridade física e mental as quais tanto prezo. Gostaria ainda que meus últimos dias, se possível, fossem passados no meu lar e/ou caso possam ser úteis sejam meus órgãos doados para transplantes.

Assinatura.

Local e data.

1ª testemunha.
2ª testemunha.
1º procurador em vida.
2º procurador em vida.
3º procurador em vida.

Leia ainda neste Blog: Morrer com dignidade I publicado em 22/06/2010

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quais são os cânceres mais comuns no Brasil?

















1°) Pulmão: Relacionado principalmente com o hábito de fumar e muitas vezes descoberto em estágios avançados, quando a mortalidade é alta.

2°) Estômago: Relacionado a bactéria H. pylori e alterações prévias, bem como alimentos como enlatados e conservantes.

3°) Intestino grosso (colorretal): Relacionado com a idade e fatores genéticos. A presença de sangue oculto nas fezes é um bom exame de rastreio anual, bem como a colonoscopia que identifica e extirpa os tumores pré-malignos como os pólipos.

4°) Próstata: Relacionada com a idade, alimetação gordurosa e obesidade. O PSA e o toque prostático ajudam a prevenir diagnosticando precocemente a doença.

5°) Mama: Mais comum entre as mulheres, avaliações regulares e mamografia ajudam a prevenir diagnosticando precocemente a doença.

6°) Fígado: Relacionado a cirrose alcoólica, hepatite C e B, está última pode ser prevenida com vacinação.

7°) Pâncreas: Relacionado ao uso do álcool e dieta gordurosa.

8°) Boca e laringe: Relacionado ao uso do álcool e ao tabagismo.

9°) Leucemia: Relacionada com radiações e genética.

10°) Colo uterino: Relacionado ao vírus HPV. Hoje existe vacina para o vírus e a prevenção é feita pelo exame papanicolau nas mulheres com atividade sexual.

Fonte: INCA.

Leia ainda neste Blog:
- Pesquisa de câncer em pacientes adultos - postado em 16/08/2012.
- Direitos e deveres do paciente - postado em 29/08/2011.
- Melanoma- câncer de pele - postado em 14/07/2011.
- O Mieloma Múltiplo - postado em 28/10/ 2010.
- O câncer de mama - postado em 13/09/2010.
- Vacina para câncer de colo de útero - postado em 20/08/2010.
- O câncer de intestino grosso - postado em 05/08/2010.
- Morrer com dignidade - postado em 22/06/2010.
- PSA. Dá pra confiar? - postado em 26/11/2008.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A memória.


















Memória é um arquivo que nosso cérebro tem para utilizarmos sempre que  necessário para nossas atividades diárias. É lógico que com o tempo ele vai ficando mais ou menos cheio ou mais lento e é ai que temos que adotar técnicas de estímulos e variar as conexões com as informações. 
Ela se localiza no hipocampo e na amígdala cerebral, estruturas até primitivas na evolução do cérebro, já que até animais inferiores as possui.
Quais são os tipos de memória que possuímos:

- Memória processual:
Esta até os invertebrados têm, é relacionada com as habilidades como dirigir, andar de bicicleta, jogar futebol, etc.

- Memória episódica:
Como o nome diz, pode cair no esquecimento logo, ela é responsável pela lembrança do jantar de ontem, do primeiro beijo, uma viagem, um passeio e até do dia do seu casamento (shiiii esqueci do meu, rsrsrs)

- Memória visual:
Serve para guardarmos imagens de objetos, rostos, lugares ou outros formatos. Quando alguém diz Cruzeiro Esporte Clube, você se lembra da camisa celeste  e também da classificação do campeonato brasileiro de futebol, só que ai é outra memória, a semântica, aguarde um pouquinho.

- Memória topocinética:
É sua localização no espaço, você se lembra onde fica sua casa, seu trabalho e recorda do caminho que tem que percorrer para chegar lá. Se esqueceu o caminho da casa da namorada, mal sinal, releia memória episódica.

- Memória semântica:
Fruto de um aprendizado contínuo, se relaciona com o aprendizado, a escola, o raciocínio. Precisa ser exercitada sempre.

Como melhorar a memória?
Simples, exercitando-a, jogue cartas, faça palavras cruzadas, jogue play-station, visite seus amigos que não vê a muito tempo, saia pra jantar com sua esposa naquele restaurante do primeiro encontro, contínue andando de bicicleta, volte a sua cidade natal, volte a estudar, etc, etc, ihi, esqueci o que vem depois, aha, lembrei, e tal. Etc e tal...

Fonte: Revista Superinteressante edição 300 - janeiro 2012.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O uso abusivo de vitamina D.


















A algum tempo venho observando uma solicitação de dosagem de vitamina D para pacientes de qualquer idade e muitas vezes sem qualquer indício de alterações no padrão alimentar ou nos hábitos de vida. Houve até um caso de uma profissional não médico que diz estar repondo a vitamina em crianças diabéticas com bons resultados, é bom salientar que fica difícil avaliar bons resultados quando este tratamento está sob terapêutica com insulina e orientações dietéticas adequadas. Os profissionais de saúde devem somar esforços para beneficiar seus pacientes e não simplesmente agregarem para si os valores das boas práticas de saúde.

Quanto a vitamina D, ela se apresenta sobre 4 formas: ergocalciferol (alimentos), colecalciferol (hormonal), 25-hidroxicalciferol (metabolizada e armazenada) e calcitriol (metabolizada e ativa). Ela se deposita em vários órgãos como fígado, rins, baço, glândulas suprarenais, pulmões e intestino. Sua deficiência leva ao raquitismo na criança. Altas doses podem induzir ao aumento do cálcio no sangue (hipercalcemia) e aumento do cálcio na urina (hipercalciúria) e podem provocar perda do apetite, náuseas e vômitos, irritabilidade, fraqueza, aumento da diurese e da ingestão de água, taquicardia, cálculo renal e desidratação.

Quando se dosa a vitamina D no sangue e ela - algumas vezes está - na faixa insuficiente, isto não significa que seu organismo está deficiente desta vitamina. Você pode apresentar baixa de vitamina D no sangue sem necessariamente estar com deficiência da mesma no seu organismo.
Lembre-se que a exposição a luz do sol por cêrca de 15 minutos todos os dias pela manhã bem cedo, 7 horas da manhã, e numa pequena região da pele, como a mão ou os pés é suficiente para estimular o metabolismo da vitamina D. Depois deste horário lembre-se de usar o filtro solar.

As vitaminas apresentam indicações precisas e não devem ser usadas sobre qualquer pretexto. Elas podem intoxicar, reagir com outros medicamentos, principalmente as lipossolúveis (A, D, E e K). Até o presente momento não há evidências científicas sólidas que justifiquem seu uso indiscriminado.

Leia mais sobre Osteoporose neste blog em postagem de 27/06/2011.
Fonte: Revista de Geriatria e Gerontologia Aptare, ano 1/ edição 1, agosto-setembro de 2012. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Cirurgia de redução do estômago.


















O Ministério da Saúde reconhece que 30% da população adulta brasileira está obesa, sendo que 1 milhão de pessoas já são consideradas obesas mórbidas e estes números aumentam a cada dia.

Fatores genéticos, psicológicos, hormonais, ambientais e sedentarismo contribuem para a epidemia de obesidade.

Os fatores genéticos chegam a contribuir com até 50% das causas da obesidade.

Dentre suas consequências podemos enumerar:
- Diminuição da expectativa de vida, você conhece octagenário, nonagenário ou centenários obesos?
- Diminuição da auto-estima.
- Problemas de relacionamentos afetivos no trabalho e na vida social.
- Diabetes.
- Pressão alta.
- Dificuldades para respirar (apnéia do sono)
- Hérnias.
- Cálculos na vesícula.
- Artroses.
- Varizes.
- Infertilidade.
- Disfunções sexuais.

O tratamento com cirurgia bariátrica não está indicado para qualquer pessoa, esta deve ter um IMC (Indíce de  Massa Corporal) maior que 40, já ter tentando controle nutricional e com endocrinologistas e sem sucesso.

O controle médico e com nutricionista e psicólogo deve ser feito antes e após a cirurgia com a intenção de se atingir e manter o melhor controle/ equilíbrio do paciente possível.

Tipos de cirurgias para obesidade:
- Restritiva: Reduz o tamanho do estomago proporcionando saciedade com menor quantidade de alimento.
- Disabsortiva: Reduz o tamanho do intestino diminuindo a quantidade de nutrientes absorvidos.
- Mista: É a restritiva e disabsortiva juntas.
- Balão intragástrico: Introduzido por endoscopia e inflamado dentro do estomago aumenta a saciedade por diminuir o volume do estomago disponível para receber alimentos.

Fonte: Revista Viva BH junho-agosto de 2012.

Leia ainda neste Blog:
- A dieta de cada um postado em 21 de maio de 2009.
- A beleza da mulher  postado em 16 de novembro de 2008.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Pesquisa de câncer em pacientes adultos.


















O rastreamento de câncer em pacientes adultos deve seguir alguns critérios sugeridos por várias sociedades e/ou entidades médicas. Dentre eles citamos:

 Câncer de mama:
- Pesquisar em toda mulher acima de 40 anos.
- Realizar mamografia de preferência anualmente.
- O exame clínico da mama não é sensível a lesões na sua fase inicial.
- PARAR a pesquisa no caso de múltiplas doenças ou expectativa de vida baixa (menor que 4 anos)

Câncer de colo do útero:
- Pesquisar a partir do início da vida sexual e sem limite de idade.
- Realizar o preventivo (citologia oncótica) a cada 1-3 anos.
- Pacientes que retiraram o útero e o colo do útero (histerectomia total) não precisam mais do exame.
- PARAR a pesquisa no caso de paciente com 65-70 anos ou mais e que tiveram preventivos normais nos últimos 10 anos ou que possuam múltiplas doenças ou que tenham uma baixa expectativa de vida ou que não tolerarião o tratamento.

Câncer de próstata:
- Realizar o PSA e o toque retal a partir dos 40- 45 anos e a cada 1-2 anos.
- PARAR a pesquisa se a expectativa de vida for menor que 10 anos.

Câncer do intestino (colorretal):
- Pesquisar sangue oculto nas fezes anualmente.
- Realizar uma colonoscopia a cada 5-10 anos se o sangue oculto for normal.
- PARAR a pesquisa no caso de 85 anos ou mais, ser portador de múltiplas doenças ou expectativa de vida baixa ou que não tolerarião o tratamento (idosos frágeis).

Fonte:
Revista de Geriatria e Gerontologia Aptare ano 1/edição 1 agosto/setembro de 2012.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Febre amarela



















É uma doença causada por um virus - um RNA vírus - Existem dois tipos de doença, Febre Amarela Silvestre (FAS) e Febre Amarela Urbana (FAU). Na primeira o principal mosquito ou vetor envolvido na transmissão da doença é o Haemagogus janthinomys, enquanto na segunda, o nosso já tão conhecido Aedes aegypti, também causador da Dengue.

O homem se contamina acidentalmente na FAS já que a doença envolve primatas como os macacos, na FAU um homem contaminado passa o vírus ao mosquito vetor que acaba por transmití-lo a pessoas saudáveis.

A doença tem um período de incubação - tempo para aparecem os primeiros sintomas - de 3 a 6 dias após a picada da fêmea do mosquito infectado.

O quadro clínico pode ser variável desde uma apresentação subclínica/ leve até casos graves ou fatais. Geralmente possui uma apresentação em duas fases. Na primeira fase o paciente apresenta a doença de forma abrupta, com febre alta, pulso cardíaco lento (sinal de Faget) em comparação a temperatura corporal, calafrios, dor de cabeça, dores pelo corpo, prostação, náuseas e vômitos que podem durar até 3 dias, havendo uma melhora dos sintomas. Este período de melhora pode durar horas ou até 2 dias, no caso de evolução para a cura não se observa a segunda fase da doença que é chamada de período de intoxicação, caracterizada pelo aumento da febre, diarréia e reaparecimento de vômitos, estes em borra de café, insuficiência do fígado e do rim. Surge icterícia - olhos amarelados - manifestações hemorragicas, como vômitos e evacuações com sangue, sangramento nasal e na urina; perda de proteínas na urina e diminuição do volume urinário; confusão mental, torpor e até o coma.

A transmissão da doença aos mosquitos por pessoas contaminadas ocorre de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos primeiros sintomas até 3 a 5 dias após a melhora clínica do doente.

Os exames laboratoriais incluem hemograma completo, as transaminases hepáticas e dosagem de bilirrubinas. TGO > TGP e aumento principalmente da bilirrubina direta, dosagem de uréia e creatinina, coagulação sanguínea, além da avaliação de outros conforme o quadro clínico do paciente. Com a função de se diagnosticar o vírus podemos realizar imunofluorescência na expectativa de identificação da presença de antígenos virais ou sorologias para acompanharmos a carga de anticorpos do paciente. Exames como biologia molecular ou PCR podem identificar partículas ou o ácido nucléico viral, sendo estes raramente pesquisados na rotina clínica.

O diagnóstico diferencial nas formas leves depende de uma correlação epidemiológica já que os sinais e sintomas são afeitos a uma enorme gama de doenças corriqueiras do nosso dia a dia. Na doença complicada devemos afastar a possibilidade de hepatites fulminantes, leptospirose, malária por Plasmodium falciparum, dengue hemorrágica e septicemias.

A febre amarela não possui um tratamento específico para o vírus, um tratamento suportivo com hidratação, reposição de elementos do sangue e suporte em unidades de terapia intensiva é que permitem uma diminuição da letalidade e maior sobrevida do paciente.

A prevenção com a vacina ainda é a melhor estratégia defensiva contra o vírus e deve ser realizada a partir dos 9 meses de idade e com reforço a cada 10 anos. Em áreas endêmicas pode se iniciar a vacinação aos 6 meses de nascido.

Fonte: Manual de Doenças infecciosas e parasitárias do Ministério da Saúde, 8a edição.

domingo, 13 de maio de 2012

Asma





















A asma é uma doença inflamatória das vias aéreas que leva ao edema/ inchaço e produção de catarro. Com tanto inchaço e catarro o ar passa apertado pelos condutos de ar do aparelho respiratório. A maior dificuldade acontece quando expiramos (eliminamos o ar dos pulmões) o que leva ao acúmulo de um resíduo de ar dentro do pulmão que deveria também ser elimado. A asma pode aparecer em qualquer idade, normalmente após os dois anos de vida, sendo que na maioria dos casos melhora no final da infância, podendo reaparecer em idades mais avançadas, já que a doença não tem cura apenas controle ou fases de acalmia.

Causas de asma:
  • Alérgenos como ácaros, poeira, determinados cheiros, pó de madeira, pelos de animais, penas, pólen, mofo, fungos, etc.
  • Alergias alimentares.
  • Alergias a medicamentos como aspirina.
  • Infecções respiratórias como sinusites e rinites.
  • Fumo, incluíndo o fumante passivo.
  • Poluição do ar. Ex.: Cubatão em SP.
  • Genética, outros familiares podem ser portadores.
  • Exercícios físicos extenuantes.
  • Variações térmicas ou climáticas, ar frio.
  • Emoções fortes.
  • Etc.
Sintomas da asma:
  • Tosse, normalmente sem catarro.
  • Chiadeira no peito.
  • Falta de ar - dificuldade para respirar.
  • Respiração rápida.
  • Sensação de aperto no peito.
  • Taquicardia - coração acelerado.
  • Dificuldades para falar.
  • Irritação do nariz e da garganta.
  • Febre, pode significar infecções concomitantes.
  • Cianose - lábios e ponta dos dedos azulados - sinal de asma grave.
  • Desmaio - asma grave.
Tratamento da asma:
  • Na crise: medicamentos que dilatam os brônquios, broncodilatadores, que podem ser inalatórios.
  • Na prevenção: medicamentos inalatórios e evitar o contato com os fatores desencadeantes
  • O tratamento depende de vários fatores e do tipo da crise, pode variar de pessoa a pessoa e da intensidade da crise. As modificações no ambiente do lar e do trabalho podem evitar e muito novas crises
O tratamento e controle da doença não busca a cura e sim evitar crises, principalmente, as intensas, que comprometem a função pulmonar e podem levar a perdas produtivas ou até a morte.

Fonte: Almanaque de Saúde.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Crack

















Segundo a estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) o Brasil possui cerca de 6 milhões de usuários de crack, para a SENAD (Secretária Nacional Anti-drogas) eles seriam 2 milões. Independente de quantos são, é um número alto e que vai crescer a cada dia, já que a exposição é grande e os agentes facilitadores estão disponíveis em todo o território nacional.

Destes um terço conseguem se livrar do vício, outro mantém o uso e o último terço morre, sendo que a maioria de forma violenta.

Não existe um tratamento específico para controlar a dependência, preconiza-se uma internação por 7 a 14 dias como forma de desintoxicação. Vários medicamentos podem ser utilizados como coadjuvantes ao tratamento e que tratam os sintomas e sinais apresentados.

A Comissão de Assuntos Sociais do CFM (Conselho Federal de Medicina) sugere como forma de enfrentamento da epidemia de crack no país:

No âmbito policial:
- Ações policiais de inteligência para repressão e mapeamento dos pontos de venda da droga.
- Ações de inteligência para extirpar dos quadros policiais profissionais envolvidos com o tráfico.
- Capacitação das forças policiais para o trato e atenção aos envolvidos com o vício.
- Ações de inteligência para controle da movimentação financeira dos traficantes, sem dinheiro, não há como movimentar o negócio.
- Controle sobre produtos que são utilizados na fabricação do crack ou do refino da cocaína.

No âmbito da saúde públlica:
- Programas Saúde da Família voltados para o crack.
- CAPSad (Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas)
- Hospitais de apoio.
- Grupos de autoajuda.
- Albergues terapêuticos.
- Consultórios de rua.

No âmbito Social:
- Centros de convivência nas comunidades com biblioteca, espaço de arte, lazer e cultura e inclusão digital.
- Melhorar a qualidade das escolas e incentivar a formação profissionalizante.
- Trabalhar junto ao Governo Federal a organização e criação da economia solidária ou popular com bancos populares voltados ao microcrédito e cooperativas de trabalho estimulando as vocações profissionais das comunidades assistidas. Ex.: Cooperativas de catadores de lixo, de artesanato e outras.

Voltando ao tema e a questão médica entendamos o que é e como atua o crack no organismo.

O que é usuário de drogas: Qualquer um que faça uso de substâncias para experimentar, esporádico ou episódico. Alguns falam em uso recreativo.

O que é abuso de drogas: Qualquer um que faça uso de substâncias e que apresente consequências ou algum prejuízo a nível biológico/ físico, psíquico/ mental ou social.

O que é dependência de drogas: Qualquer um que faça uso de substâncias e que perde o controle sobre o seu uso, o que acarretaria problemas sérios a nível da saúde, familiar, profissional e geralmente policial.

A grande questão é saber baseado em critérios pessoais a qual nível se chegaria na escala de uso. Na dúvida não se envolva, não arrisque e preserve sua saúde e sua lucidez.

Bem, o que é o crack?
É um subproduto da cocaína, misturado a água, bicarbonato de sódio ou amônia. Este composto pode ser fumado ou inalado. O nome "crack" vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas.

Como se usa?
O usuário queima a pedra em cachimbos improvisados, como latas ou tubos de pvc, e aspira a fumaça. Pedras menores podem ser misturadas a cigarros de tabaco e maconha, são os chamados piticos, mesclados ou basucos.

Como age o crack no organismo?
A fumaça tóxica atinge o pulmão, pelo sangue, chega ao cérebro onde causa a fissura e é responsável pela dependência da droga. Circula por todo o organismo e é eliminada através da urina, onde metabólitos podem ser identificados.

Quais as consequências do uso do crack?
Doenças pulmonares; doenças psiquiátricas, como psicose, paranoia e alucinações e doenças cardíacas. Sua maior consequência são as alterações neurológicas que culminam com as chamadas alterações cognitivas, que é a maneira como o cérebro interpreta o que está acontecendo a sua volta. O usuário passa a ter dificuldades de interpretar a realidade, apresentando alterações de raciocínio, memória, concentração e aprendizado.

Onde procurar ajuda:
Se você é usuário ou tem um familiar que usa e quer abandonar o vício procure na sua cidade os CAPSad (Centro de Apoio Psicossocial álcool e drogas) para ser orientado e encaminhado para tratamento.

Se as dificuldades forem maiores do que as imaginadas não deixe de procurar a Secretaria Municipal de Saúde, o Conselho Municipal de Saúde ou ainda o Ministério Público eles podem encaminhar para locais adequados ou acionar a justiça para que seu direito universal a saúde seja respeitado.

http://www.enfrenteocrack.org.br/ e obtenha a lista de locais para atendimento em todo o país.

0800 510 0015 central de atendimento gratuito para informações (Projeto VIVAVOZ da Senad - Secretaria Nacional Antidrogas).

Leia ainda neste blog o texto: Cocaína postado em 24/11/2010.

Fonte: Encarte do Conselho Federal de Medicina/ Ministério da Saúde.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Hipertireoidismo.

















Hipertireoidismo é uma doença que causa um aumento da produção do hormônio da tireóide,  ao contrário do hipotireoidismo, que cursa com a deficiência deste mesmo hormônio.

Várias são as causas como nódulos na tireóide que estimulam a hiperprodução do hormônio, medicamentos e hiperestímulo do cérebro sobre a tireóide.

Sintomas:
  • ansiedade, nervosismo, cansaço.
  • insônia.
  • tremores.
  • sudorese excessiva.
  • falta de ar.
  • dificuldades visuais.
  • emagrecimento.
  • aumento da glândula tireóide.
  • olhos esbugalhados podem acontecer.
  • sensação aumentada ao calor.
  • taquicardia, aumento da frequência cardíaca.
  • aumento do apetite.
  • perda de peso.
  • diarréia.
Exames que podem ser solicitados - nem todos com prioridade:
  • Hemograma completo.
  • TSH ultra-sensível.
  • T4 livre.
  • Anti - TPO.
  • Anti - tireoglobulina.
  • Ultrasom da tireóide.
  • Biópsia da tireóide.
Tratamento:

Os tipos de tratamento incluem medicamentos que diminuem a hiperprodução de hormônios tireoideanos, iodoradioterapia que causa uma espécie de queimadura na glândula que diminui sua capacidade de produzir tais hormônios, além da própria cirurgia com retirada total ou parcial da glândula.

Fonte: Guia de Saúde.

domingo, 18 de março de 2012

Hipotireoidismo.

















Hipotireoidismo é uma doença que ocorre quando a glândula tireóide não produz hormônio tireoideano em quantidades normais, ou seja, é a popular "tiróide preguiçosa".

Ela acontece quando a glândula se inflama por um vírus ou bactéria, o que causaria uma tireoidite, ou nas radioterapias do pescoço, na deficiência de iodo (sal de cozinha) na comida e em algumas doenças congênitas, como na síndrome de Down.

Sintomas:
  • sonolência.
  • fraqueza muscular.
  • ganho de peso.
  • diminuição da frequência cardíaca - pulso lento.
  • mixedema - inchaço nas pernas ou corpo.
  • cansaço de longa data.
  • ciclos menstruais irregulares.
  • sensação aumentada de frio.
  • cabelos mais grossos, secos ou grisalhos prematuramente.
  • ressecamento da pele.
  • pálpebras inchadas.
  • voz grave ou rouca de longa duração.
  • depressão.
  • perda do desejo sexual.
  • diminuição auditiva.
  • dormência ou formigamento em mãos.
  • alterações psico-emocionais.
  • respiração alterada.
  • alterações da consciência.
  • bócio ou papada na tireóide.
  • alterações frequentes na temperatura corporal.
Exames laboratoriais que podem ser solicitados (nem todos prioritários):
  • Hemograma completo.
  • TSH ultra-sensível.
  • T4 livre.
  • Anti - TPO.
  • Anti - tireoglobulina.
  • Ultrasom da tireóide.
  • Biópsia da tireóide.
Tratamento:

O tratamento depende da reposição do hormônio através de medicamentos prescritos por seu médico. Estes passarão a oferecer ao paciente suas necessidades do hormônio produzido pela glândula e com tempo permitiram melhora dos sintomas iniciais da doença. O controle hormonal deverá ser feito várias vezes ao longo do ano como forma de monitar o bom controle da doença. É bom lembrar que o tratamento será para o resto da vida.

Fonte: Guia de Saúde.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Lesões cutâneas & Distúrbios emocionais.

















Muitos distúrbios psico-emocionais podem levar a lesões na pele, sendo que a maioria delas são alto provocadas e dependem de uma abordagem psiquiátrica e terapêutica adequada. O grande problema é que muitas vezes estes pacientes resistem em aceitar que precisam de tratamento especializado e acabam por manter os danos e suas lesões por um longo tempo. Citaremos alguns tipos como forma de orientar e quem sabe clarear as possibilidades de diagnóstico e tratamento para alguns.

- Síndrome Dismórfica Corporal: Acomete mais mulheres jovens, solteiras e infelizes. A paciente acredita ter uma imagem distorcida junto as outras pessoas, que passam a vê-la diferente e isto passa a se torna uma obsessão. A uma grande angústia da paciente quanto a apresentação pessoal o que tange a peso, cabelo, rugas, pelos, sudorese e/ou características genitais.

- Parasitoses fictícias: Acomete mais adultos e pode durar anos. O paciente apresenta dor e parestesias - alterações da sensibilidade na pele- com várias lesões na pele, como escoriações, que acredita ser uma infestação parasitária. Os pacientes chegam a usar as unhas ou instrumentos para retirar os parasitas. Outras causas de prurido -coceira- devem ser afastadas.

- Escorações neuróticas: Acomete mais em mulheres entre a 3a e 4a décadas de vidas. Ocorrem após um evento ou estresse crônico. As lesões alcançam áreas em que as mãos podem atingir. O prurido deve ser uma causa a se diferenciar.

- Tricotilomania é o hábito compulsivo de arrancar os pelos. Pode afetar qualquer área, mais comum no couro cabeludo ou barba. O tratamento passa pelo uso de antidepressivos e psicoterapia.

- Síndromes factícias: São lesões na pele autoinfringidas, o termo factícias significa "artificiais". Ocorre mais em adultos jovens mulheres. As lesões consistem em cortes e/ou úlceras de formato linear, bizarro ou geométrico, com uma ou várias lesões. Uma biópsia da lesão pode ser realizada fins afastar outras causas. Transtornos de personalidade e/ou estresse psicossocial ou doença psiquiátrica são observados. A doença pode durar anos e uma abordagem psiquiátrica deve ser instituída.

Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 6a edição.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cachoeira do Tabuleiro - MG

















A Cachoeira do Tabuleiro é uma cachoeira brasileira, situada na serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro. É a mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. São 273 metros de queda livre formada a partir de um paredão de beleza monumental. Na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra, com 18 metros de profundidade. A Cachoeira está situada no coração do Parque Estadual Serra do Intendente.

Conheço a cachoeira por baixo e por cima. Incrível!!!

Fonte: Wikipedia.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Psoríase





















A Psoríase é uma doença que acomete cerca de 2-3% da população, independe do sexo e ocorre mais na terceira década de vida. É uma doença inflamatória crônica da pele, que pode afetar também as mucosas, unhas e articulações; são lesões avermelhadas, bem delimitadas e descamativas. Pode apresentar períodos de melhora e agravamento ao longo de sua evolução. Seu grande problema é a interferência na qualidade de vida dos pacientes e no preconceito que a acompanha.

A causa definitiva ainda não está estabelecida, mas, vários fatores interferem no seu quadro clínico:

- Fatores hereditários: 13 a 41% dos acometidos possuem história familiar da doença. Quando um dos pais é acometido a chance é de 30%, se ambos a têm, 60% é a possibilidade de se desenvolver a doença.

- Fatores ambientais:
  • Estresse: As crises muitas vezes coincidem ou pioram nos momentos de maior desgaste emocional do paciente. Além do que a aparência da doença e sua resistência ao tratamento podem levar a alterações do humor e da qualidade de vida, causando inadaptação social, fragillidade emocional, ansiedade  e estresse.
  • Traumas na pele por menores que sejam podem causar o aparecimento de novas lesões.
  • Infecções: Principalmente na garganta, podem piorar ou desencadear novos focos das lesões. Acometimento maior em crianças e adolescentes.
  • Determinados medicamentos e em determinadas pessoas podem causar ou piorar a doença, como o lítio (utilizado em doenças comportamentais) a cloroquina, o propranolol (utilizado no tratamento da pressão alta) e os anti-inflamatórios, como o ácido salicílico.
  • Clima: Alguns pacientes pioram no inverno e melhoram no verão. Sendo que a exposição excessiva a luz solar pode piorar as lesões.
  • Hormonais: Nas mulheres pode melhorar na gravidez e piorar na menopausa.
  • Metabólicos: A chamada Síndrome metabólica que inclui obesidade, pressão alta, resistência a insulina e colesterol ou triglicérides alto pode estar associada com à psoríase.
  • Outros: Tabagismo e alcoolismo podem causar recaídas e diminuir a eficácia do tratamento em uso.
Atenção: A psoríase não é uma doença infecciosa, ela não passa para outras pessoas através do contato pessoal ou com objetos do portador.

A manifestação acomete principalmente a pele, qualquer parte do corpo, couro cabeludo, braços, pernas e extremidades, principalmente cotovelos e joelhos. Palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal, axilas e genitais menos frequentes. As lesões variam de tamanho e forma, sendo avermelhadas, espessadas e com uma descamação brancacenta, que é brilhante e aderida a pele. Podem ser acompanhadas de coceira, ardor ou dor.

Tipos de Psoríase:
  • Placas: Forma mais comum da doença, de tamanho variável, de alguns centimetros até grandes áreas acometidas.
  • Gotas ou Gutata: Várias lesões milimétricas, podendo estar associada a infecções como amigdalites, cáries, infecções urinárias e outras.
  • Invertida: Vermelhidão intensa nas áreas de dobras, como sulco interglúteo, inframamária, estando ausente a descamação brancacenta.
  • Palmo-plantar: Lesões espessadas, rachadas e até sangrantes nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Eritrodérmica: Grande parte do corpo apresenta lesões avermelhadas e descamativas.
  • Pustulosa: Possui uma base avermelhada com bolhas e pus. Pode ser generalizada ou palmo-plantar.
  • Ungueal: Afeta as unhas, causando depressões, descolamento das bordas, mudanças na cor ou espessamento.
  • Mucosas: Afinamento e vermelhidão na boca e genitais.
  • Articular: A psoríase pode ou não ser acompanhada de dor, inflamação, vermelhidão e incapacidade funcional das articulações (artrite psoriásica). Está pode levar a deformidades e incapacidades funcionais se não tratada precocemente.
Tratamentos: - Objetivos
  1. Controlar a doença.
  2. Reduzir a área afetada.
  3. Melhorar as lesões da pele.
  4. Evitar recaídas.
  5. Controlar possíveis efeitos colaterais dos tratamentos utilizados.
  6. Melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

                     - Dicas
  1. Evite tomar banho com água quente e utilize sabonetes suaves, sem perfume, neutros e sem antibacterianos.
  2. Ao se enxugar não esfregue a pele, isto aumenta a secura e expõe a pele a infecções que podem aumentar as lesões. Não utilize buchas de banho.
  3. Utilize roupas de algodão folgadas, evitando o friccionar com a pele.
  4. Hidratação da pele várias vezes ao dia é muito importante.
  5. Os medicamentos devem ser prescritos pelo seu médico, muitos medicamentos podem causar ou até piorar a Psoríase. Evite auto-medicação ou aceitar dicas de tratamentos de pessoas leigas.
  6. O tipo da alimentação não interfere diretamente na doença, mas, é bom lembrar que a doença pode estar associada com obesidade, resistência a insulina/ glicose no sangue, aumento do colesterol e triglicérides, que também causam doenças no coração. Portanto controle seu peso.
  7. Pare de fumar e utilize bebidas alcoólicas com bastante moderação, estes interferem com o tratamento ou agravam a doença.
  8. Durma bem, procure ficar relaxado e tranquilo frente as adversidades da vida, técnicas de relaxameto como Yoga podem ajudar.
  9. Trate possíveis infecções o quanto antes.
  10. Siga corretamente o tratamento prescrito por seu médico, quando tiver dúvidas, consulte-o.
  11. Tenha uma atividade física regular, respeitando seu condicionamento físico e fazendo uma avaliação cardiológica antes de iniciar os treínos. Caminhadas, natação ou corrida são um bom começo.
Fonte: Informe científico Leo Pharma.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Surdez súbita.

















A surdez súbita é uma alteração da audição, geralmente unilateral, raramente bilateral e de rápida instalação, que progride por horas ou dias. Em 80% dos casos é precedida de zumbido ou estalo no ouvido várias horas antes da alteração auditiva. Ela pode ser irreversível ou com recuperação espontânea. A recuperação pode ser em poucos dias ou tardiamente.

A função vestibular ou labiríntica pode ser normal ou apresentar vômitos, vertigens ou nistagmo (movimento involuntário dos olhos horizontal ou verticalmente)

Causas mais comuns:
- Viroses que acometem o ouvido interno e muitas vezes originárias das vias aéreas superiores - sinusite, rinites, otites, etc. - Podendo citar o vírus da parotidite (caxumba), sarampo, influenza, adenovírus, herpes zoster, mononucleose e outros.
- Alterações da pressão barométrica: mergulho, aviação, descompressões súbitas.
- Traumas acústicos: explosões, armas de fogo.
- Alterações da vasos sanguíneos da região (vasoespasmo).
- Barotraumas com ou sem fístulas perilinfática.
- Cirurgias no ouvido interno.
- Neurinoma do acústico.
- Idiopática - causa desconhecida.

Causas menos comuns:
- Anestesia geral.
- Gravidez.
- Diabetes mellitus e/ou alterações do colesterol/ triglicérides.
- Doença de Menière - raramente precedida por surdez súbita.
- Policitemia vera - grande aumento dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Anemia - diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Meningite.
- Esclerose múltipla.
- Alterações da tireóide.
- Sífilis.
- Esforço físico.
- Espirros violentos.
- Esforço para defecar.
- Insuflar bóias - os 4 últimos levariam a ruptura de membranas  do ouvido interno com extravasamento de linfa.

Outras:
- Distúrbios neurovegetativos - estresse.
- Hiperviscosidade e hipercoagulação sanguínea.
- Alergias intralabirínticas.

Exames:
- Hemograma, glicemia, triglicérides, colesterol e frações, tsh, t4 livre, vdrl, coagulação sanguínea, etc.
- Audiometria.
- Ressonância nuclear magnética.
- Outros conforme a suspeita clínica.

Tratamento:
- Quando possível identificar a causa, seria sua remoção ou controle.
- Inespecífico: sedantes do labirinto, vasodilatadores, descongestionantes e outros conforme a experiência de seu médico.
- Cirúrgico se for o caso.

Fonte: Livro de Otorrinolaringologia de Helio Hungria, 5a edição, pág.389 a 395.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Síndrome de Cushing





















A síndrome de Cushing, bem como a doença de Cushing, cursa com aumento dos níveis de cortisol (corticóide endógeno produzido pela glândula suprarenal) no sangue.

Dentre suas causas temos os tumores (malignos ou não) e as hiperplasias nodulares das glândulas suprarenais, sendo que nestes casos a secreção de cortisol é independente do ACTH -hormônio da hipófise que estimula a glândula suprarenal.

No caso de dependência do ACTH temos os adenomas da hipófise (tumor benigno) causando a doença de Cushing que é responsável por cerca de 80% dos casos em adultos. Temos ainda os tumores extra-hipofisários localizados em outros órgãos, como timo, pâncreas, brônquios, intestino, ovário, tireóide, que secretam ACTH e estimulam a glândula suprarenal, mais raros, correspondem a 15 - 20% dos casos.

Sinais e sintomas:

Ganho de peso acelerado, alterações na glicose do sangue, pressão arterial elevada inexplicada são bem típicos. A obesidade é do tipo central, acometendo mais o tronco e a face e poupando os membros; crianças obesas com parada do crescimento ou atraso no desenvolvimento da estatura pensar em Cushing.

Na pele temos afinamento, equimoses (manchas arroxeadas) com facilidade e estrias largas e arroxeadas na barriga. Na mulher podemos encontrar excesso de pelos na face e alguns pontos do corpo. Escurecimento da pele em cicatrizes e dobras.

Fraqueza muscular, principalmente nas pernas; Osteopenia (rarefação óssea) e Necrose asséptica da cabeça do fêmur se apresenta dores de quadril.

Comportamento: Labilidade emocional, irritação, ansiedade, depressão, dificuldade de memorização e atenção. Psicose e mania são mais raros.

Hipogonadismo, infertilidade, ausência de menstruação, diminuição da libido, disfunção erétil, osteoporose. Estas por diminuição dos hormônios sexuais.

Aumento do sódio e água corporal que elevam a pressão arterial, diminuição do potássio e cálculos renais devido ao aumento do cálcio na urina.

No metabolismo ocorre aumento da glicose, da insulina, do LDL colesterol, do triglicérides e diminuição do HDL colesterol, que somados a pressão alta e obesidade aumentam o risco de complicações cardíacas.

Diagnóstico diferencial:

Suspeitada a doença o desafio é definir a origem do problema, comprometimento da glândula hipófise ou suprarenal ou a presença de um tumor em outros órgãos que estimula a produção do cortisol.

Exames laboratoriais:

Dosagem de cortisol livre na urina de 24 horas.
Dosagem de cortisol sérico após 1 mg de Dexametasona.
Dosagem de cortisol sérico e na saliva a meia noite, rara aplicação.
Tomografia computadorizada.
Angio ou Ressonância Nuclear Magnética.
Exames de medicina nuclear.
Podem levar tempo até a finalização do diagnóstico já que os exames são realizados dentro de uma sequência lógica e podem receber influência das limitações do método ou da variação cíclica da doença.

Tratamento:

Medicamentoso, cirúrgico, radioterápico, radiocirúrgico ou conservador, depende da localização e do estágio da doença.

Fontes:
Dermatologia do Fitzpatrick 6a edição.
Síndrome de Cushing, Dr. Daniel Soares Freire, no MedicinaNet.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dicas para não adoecer.

















A arte de não adoecer:


Se não quiser adoecer - Fale de seus sentimentos.

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera em outras doenças. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.

O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.



Se não quiser adoecer - Tome decisão.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros.

As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.



Se não quiser adoecer - Busque soluções.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.

Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.



Se não quiser adoecer - Não viva de aparências.

Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.

Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.



Se não quiser adoecer - Aceite-se.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores.

Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitas as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.



Se não quiser adoecer - Confie.

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.

Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.



Se não quiser adoecer - Não viva sempre triste.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

O bom humor nos salva das mãos do doutor.

Alegria é saúde e terapia.

Fonte: mirianmmaciel.blogspot.com

Como comprar remédio na Farmácia Popular.

















1) Tenha em mãos:
  • CPF.
  • Documento com foto.
  • Receita do médico. 
2) Lembre-se:
  • A receita vale por 4 meses.(Art. 28 da Portaria 184 de 3 de fevereiro de 2011)
  • No caso de crianças apresente CPF do responsável e Certidão de Nascimento da criança.
3)  Para saber qual a farmácia mais próxima e que atende pelo programa acesse www.saude.gov.br, clique em Farmácia Popular, depois em endereços.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Esclerose Múltipla

















É uma doença crônica que acomete mais as mulheres e tem uma incidência de 10 casos para cada 100 mil brasileiros entre os 20 e 30 anos de idade. De causa imunológica, o organismo passa a produzir anticorpos contra a bainha de mielina que envolve os nervos, o que leva a comprometimento das funções motoras,  visuais, linguagem e outras. Com o evoluir da doença podemos observar fraquezas musculares, alterações da sensibillidade, formigamento nas pernas, perda da visão, tonteiras, tremores, além de outros sintomas. O tratamento curativo ainda não é possível, o uso de imunomoduladores tipo anticorpos monoclonais pode estabilizar o quadro. Tratamentos alternativos ajudariam melhorando a performance dos pacientes, como dança, trabalhos manuais, exercícios físicos e psicoterapia.

Causas:
Não se conhece a causa da EM. Algumas teorias apontam um vírus ou outro agente infeccioso e/ou um problema auto-imunes, o sistema imunologico ataca as células do próprio organismo em vez de atacar os invasores estranhos. Toxinas, traumas, deficiências nutricionais e outros fatores que possam levar  a destruição da mielina também são possíveis causas. Fatos conhecidos que antecedem o início da EM incluem sobrecarga de trabalho, fadiga, período pós-parto em mulheres, infecções agudas e febres.
Sinais e sintomas:
Os sinais e sintomas podem ser leves e estar presente por anos antes de ser constatada a esclerose múltipla. Uma vez diagnosticada a doença, os sintomas duram horas a semanas, variando dia a dia, podendo surgir e desaparecer sem um padrão previsível. Esses sintomas incluem:
  • Cansaço, que pode ser extremo.
  • Fraqueza progressiva.
  • Formigamentos.
  • Câimbras.
  • Má coordenação motora (tremor nas mãos)
  • Problemas urinários (urinar freqüentemente, difícil controle da urina, infecções e incontinência)
  • Visão borrada, visão dupla ou perda de visão em um dos olhos.
  • Alterações do humor, irritabilidade, depressão, ansiedade, euforia.
  • Dificuldade para engolir alimentos, inicialmente para sólidos.
Exames laboratoriais:
Podem ser solicitados ressonância nuclear magnética, exame do liquor da espinha, eletroneuromiografia e potenciais evocados, além de outros.

Tratamentos e cuidados:

 Ainda não existe cura, mas vários passos podem ser dados para se viver melhor com essa doença. Estes incluem:
  •  Repouso.
  • Tratar as infecções bacterianas e quadros febris na fase inicial.
  • Minimizar as situações estressantes, especialmente as que demandam muito esforço físico, pois o estresse físico agrava os sintomas.
  • Manter-se longe do sol e do calor, pois o aumento da temperatura corpórea pode agravar os sintomas.
  • Evite banhos quentes, pois podem agravar os sintomas. De fato, banhos frios ou natação podem melhorar os sintomas, pois baixam as temperatura do corpo.
  • Mantenha uma rotina normal no trabalho e em casa, se as atividades não forem muito intensas
  • Faça exercícios regularmente (atividade física pode ajudar)
  • Faça massagens para manter o tônus muscular
  • Faca aconselhamento psicológico
  • Tomem as medicações prescritas. Estas podem incluir:
Interferon.
Corticóide.
Antiespasmódicos.
Relaxantes musculares.
Antidepressivos.
Ansiolíticos.
Antibióticos (para tratar as infecções).
Medicações para controlar a função urinária.
Imunomoduladores/ imunossupressores.

Utilidade pública:
- Associação Mineira de Apoio a Portadores de Esclerose Múltipla (AMAPEM).
- Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).

Fontes:
- Revista BH de setembro de 2011.
- Lincx – Serviços de Saúde.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Doença de Kawasaki

















A doença de Kawasaki acomete principalmente crianças pequenas, média de 2,6 anos, e tem um acometimento tanto da pele, quanto de órgãos nobres do corpo humano. Acomete mais meninos do que meninas. É uma vasculite -inflamação dos vasos sanguíneos- generalizada  desencadeada por antígenos  que levam a uma reação imuno-inflamatória e pode durar até 10 semanas.

Sinais e sintomas:
- Febre que pode durar até 12 dias.
- Diarréia.
- Artrite - inflamação das juntas/ articulações- joelho, quadril, cotovelos.
- Eritema da pele - vermelhidão.
- As lesões da pele podem ser dolorosas.
- Edema -inchaço- dos dedos, mãos e pés.
- Lábios vermelhos, ressecados, rachados e com crostas.
- Língua em "morango" - vermelha com hipertrofia das papilas línguais.
- Os olhos ficam congestionados/ conjuntivite podendo durar até 3 semanas.
- Adenites -ínguas- no pescoço.
- Descamação da pele das mãos/ pés quando começa a desaparecer o eritema da pele.
- Na fase de recuperação podemos ter queda de cabelo -eflúvio telógeno- e unhas sulcadas -linhas Beau.

Complicações:
- Meningite asséptica -sem bactéria.
- Miocardite.
- Aneurismas nas artérias coronarianas.
- Arritmias cardíacas.
- Insuficiência cardíaca.
- Infarto do miocárdio.
- Uretrites.
- Pneumonia.
- Obstrução intestinal.
- Acidente vascular cerebral -AVC.
- Mortalidade de até 2,8% dos casos.

Exames de laboratório:
- Alterações das enzimas do fígado.
- Elevação dos glóbulos brancos no sangue.
- Elevação das plaquetas no sangue.
- VHS elevada.
- Piócitos na urina.
- Eletrocardiograma alterado.
- Ecocardiograma com aneurismas das coronarianas em 20% dos casos.

Diagnóstico diferencial:
- Alergia medicamentosa.
- Artrite reumatóide juvenil.
- Mononucleose infecciosa.
- Exantemas -vermelhidão- virais.
- Leptospirose.
- Doença dos carrapatos.
- Choque tóxico.
- Pele escaldada pelo estafilocócico.
- Eritema multiforme.
- Doença do soro.
- Lupus eritematoso sistêmico.
- Artrite reativa.

Critérios para diagnóstico:
- Picos febris com mais de 39 graus de temperatura por mais de 5 dias e sem causa aparente.
- Congestão nos olhos.
- Nas mucosas: lábios inchados/fissurados ou faringe irritada ou língua em "morango".
- Nos membros: vermelhidão das mão/pés ou edema das mãos/pés ou descamação da pele entorno das unhas.
- Vermelhidão -eritema- da pele.
- Ínguas no pescoço -Adenite.

Tratamento:
- Inicialmente hospitalização para avaliar e/ou acompanhar complicações cardíacas.

São médicos que podem ajudar no diagnóstico e acompanhamento da criança o pediatra, sem dúvida, infectologista e cardiologista se for o caso, outros se necessário (SN).

Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 6a edição.