terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Psoríase





















A Psoríase é uma doença que acomete cerca de 2-3% da população, independe do sexo e ocorre mais na terceira década de vida. É uma doença inflamatória crônica da pele, que pode afetar também as mucosas, unhas e articulações; são lesões avermelhadas, bem delimitadas e descamativas. Pode apresentar períodos de melhora e agravamento ao longo de sua evolução. Seu grande problema é a interferência na qualidade de vida dos pacientes e no preconceito que a acompanha.

A causa definitiva ainda não está estabelecida, mas, vários fatores interferem no seu quadro clínico:

- Fatores hereditários: 13 a 41% dos acometidos possuem história familiar da doença. Quando um dos pais é acometido a chance é de 30%, se ambos a têm, 60% é a possibilidade de se desenvolver a doença.

- Fatores ambientais:
  • Estresse: As crises muitas vezes coincidem ou pioram nos momentos de maior desgaste emocional do paciente. Além do que a aparência da doença e sua resistência ao tratamento podem levar a alterações do humor e da qualidade de vida, causando inadaptação social, fragillidade emocional, ansiedade  e estresse.
  • Traumas na pele por menores que sejam podem causar o aparecimento de novas lesões.
  • Infecções: Principalmente na garganta, podem piorar ou desencadear novos focos das lesões. Acometimento maior em crianças e adolescentes.
  • Determinados medicamentos e em determinadas pessoas podem causar ou piorar a doença, como o lítio (utilizado em doenças comportamentais) a cloroquina, o propranolol (utilizado no tratamento da pressão alta) e os anti-inflamatórios, como o ácido salicílico.
  • Clima: Alguns pacientes pioram no inverno e melhoram no verão. Sendo que a exposição excessiva a luz solar pode piorar as lesões.
  • Hormonais: Nas mulheres pode melhorar na gravidez e piorar na menopausa.
  • Metabólicos: A chamada Síndrome metabólica que inclui obesidade, pressão alta, resistência a insulina e colesterol ou triglicérides alto pode estar associada com à psoríase.
  • Outros: Tabagismo e alcoolismo podem causar recaídas e diminuir a eficácia do tratamento em uso.
Atenção: A psoríase não é uma doença infecciosa, ela não passa para outras pessoas através do contato pessoal ou com objetos do portador.

A manifestação acomete principalmente a pele, qualquer parte do corpo, couro cabeludo, braços, pernas e extremidades, principalmente cotovelos e joelhos. Palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal, axilas e genitais menos frequentes. As lesões variam de tamanho e forma, sendo avermelhadas, espessadas e com uma descamação brancacenta, que é brilhante e aderida a pele. Podem ser acompanhadas de coceira, ardor ou dor.

Tipos de Psoríase:
  • Placas: Forma mais comum da doença, de tamanho variável, de alguns centimetros até grandes áreas acometidas.
  • Gotas ou Gutata: Várias lesões milimétricas, podendo estar associada a infecções como amigdalites, cáries, infecções urinárias e outras.
  • Invertida: Vermelhidão intensa nas áreas de dobras, como sulco interglúteo, inframamária, estando ausente a descamação brancacenta.
  • Palmo-plantar: Lesões espessadas, rachadas e até sangrantes nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Eritrodérmica: Grande parte do corpo apresenta lesões avermelhadas e descamativas.
  • Pustulosa: Possui uma base avermelhada com bolhas e pus. Pode ser generalizada ou palmo-plantar.
  • Ungueal: Afeta as unhas, causando depressões, descolamento das bordas, mudanças na cor ou espessamento.
  • Mucosas: Afinamento e vermelhidão na boca e genitais.
  • Articular: A psoríase pode ou não ser acompanhada de dor, inflamação, vermelhidão e incapacidade funcional das articulações (artrite psoriásica). Está pode levar a deformidades e incapacidades funcionais se não tratada precocemente.
Tratamentos: - Objetivos
  1. Controlar a doença.
  2. Reduzir a área afetada.
  3. Melhorar as lesões da pele.
  4. Evitar recaídas.
  5. Controlar possíveis efeitos colaterais dos tratamentos utilizados.
  6. Melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

                     - Dicas
  1. Evite tomar banho com água quente e utilize sabonetes suaves, sem perfume, neutros e sem antibacterianos.
  2. Ao se enxugar não esfregue a pele, isto aumenta a secura e expõe a pele a infecções que podem aumentar as lesões. Não utilize buchas de banho.
  3. Utilize roupas de algodão folgadas, evitando o friccionar com a pele.
  4. Hidratação da pele várias vezes ao dia é muito importante.
  5. Os medicamentos devem ser prescritos pelo seu médico, muitos medicamentos podem causar ou até piorar a Psoríase. Evite auto-medicação ou aceitar dicas de tratamentos de pessoas leigas.
  6. O tipo da alimentação não interfere diretamente na doença, mas, é bom lembrar que a doença pode estar associada com obesidade, resistência a insulina/ glicose no sangue, aumento do colesterol e triglicérides, que também causam doenças no coração. Portanto controle seu peso.
  7. Pare de fumar e utilize bebidas alcoólicas com bastante moderação, estes interferem com o tratamento ou agravam a doença.
  8. Durma bem, procure ficar relaxado e tranquilo frente as adversidades da vida, técnicas de relaxameto como Yoga podem ajudar.
  9. Trate possíveis infecções o quanto antes.
  10. Siga corretamente o tratamento prescrito por seu médico, quando tiver dúvidas, consulte-o.
  11. Tenha uma atividade física regular, respeitando seu condicionamento físico e fazendo uma avaliação cardiológica antes de iniciar os treínos. Caminhadas, natação ou corrida são um bom começo.
Fonte: Informe científico Leo Pharma.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Surdez súbita.

















A surdez súbita é uma alteração da audição, geralmente unilateral, raramente bilateral e de rápida instalação, que progride por horas ou dias. Em 80% dos casos é precedida de zumbido ou estalo no ouvido várias horas antes da alteração auditiva. Ela pode ser irreversível ou com recuperação espontânea. A recuperação pode ser em poucos dias ou tardiamente.

A função vestibular ou labiríntica pode ser normal ou apresentar vômitos, vertigens ou nistagmo (movimento involuntário dos olhos horizontal ou verticalmente)

Causas mais comuns:
- Viroses que acometem o ouvido interno e muitas vezes originárias das vias aéreas superiores - sinusite, rinites, otites, etc. - Podendo citar o vírus da parotidite (caxumba), sarampo, influenza, adenovírus, herpes zoster, mononucleose e outros.
- Alterações da pressão barométrica: mergulho, aviação, descompressões súbitas.
- Traumas acústicos: explosões, armas de fogo.
- Alterações da vasos sanguíneos da região (vasoespasmo).
- Barotraumas com ou sem fístulas perilinfática.
- Cirurgias no ouvido interno.
- Neurinoma do acústico.
- Idiopática - causa desconhecida.

Causas menos comuns:
- Anestesia geral.
- Gravidez.
- Diabetes mellitus e/ou alterações do colesterol/ triglicérides.
- Doença de Menière - raramente precedida por surdez súbita.
- Policitemia vera - grande aumento dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Anemia - diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Meningite.
- Esclerose múltipla.
- Alterações da tireóide.
- Sífilis.
- Esforço físico.
- Espirros violentos.
- Esforço para defecar.
- Insuflar bóias - os 4 últimos levariam a ruptura de membranas  do ouvido interno com extravasamento de linfa.

Outras:
- Distúrbios neurovegetativos - estresse.
- Hiperviscosidade e hipercoagulação sanguínea.
- Alergias intralabirínticas.

Exames:
- Hemograma, glicemia, triglicérides, colesterol e frações, tsh, t4 livre, vdrl, coagulação sanguínea, etc.
- Audiometria.
- Ressonância nuclear magnética.
- Outros conforme a suspeita clínica.

Tratamento:
- Quando possível identificar a causa, seria sua remoção ou controle.
- Inespecífico: sedantes do labirinto, vasodilatadores, descongestionantes e outros conforme a experiência de seu médico.
- Cirúrgico se for o caso.

Fonte: Livro de Otorrinolaringologia de Helio Hungria, 5a edição, pág.389 a 395.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Síndrome de Cushing





















A síndrome de Cushing, bem como a doença de Cushing, cursa com aumento dos níveis de cortisol (corticóide endógeno produzido pela glândula suprarenal) no sangue.

Dentre suas causas temos os tumores (malignos ou não) e as hiperplasias nodulares das glândulas suprarenais, sendo que nestes casos a secreção de cortisol é independente do ACTH -hormônio da hipófise que estimula a glândula suprarenal.

No caso de dependência do ACTH temos os adenomas da hipófise (tumor benigno) causando a doença de Cushing que é responsável por cerca de 80% dos casos em adultos. Temos ainda os tumores extra-hipofisários localizados em outros órgãos, como timo, pâncreas, brônquios, intestino, ovário, tireóide, que secretam ACTH e estimulam a glândula suprarenal, mais raros, correspondem a 15 - 20% dos casos.

Sinais e sintomas:

Ganho de peso acelerado, alterações na glicose do sangue, pressão arterial elevada inexplicada são bem típicos. A obesidade é do tipo central, acometendo mais o tronco e a face e poupando os membros; crianças obesas com parada do crescimento ou atraso no desenvolvimento da estatura pensar em Cushing.

Na pele temos afinamento, equimoses (manchas arroxeadas) com facilidade e estrias largas e arroxeadas na barriga. Na mulher podemos encontrar excesso de pelos na face e alguns pontos do corpo. Escurecimento da pele em cicatrizes e dobras.

Fraqueza muscular, principalmente nas pernas; Osteopenia (rarefação óssea) e Necrose asséptica da cabeça do fêmur se apresenta dores de quadril.

Comportamento: Labilidade emocional, irritação, ansiedade, depressão, dificuldade de memorização e atenção. Psicose e mania são mais raros.

Hipogonadismo, infertilidade, ausência de menstruação, diminuição da libido, disfunção erétil, osteoporose. Estas por diminuição dos hormônios sexuais.

Aumento do sódio e água corporal que elevam a pressão arterial, diminuição do potássio e cálculos renais devido ao aumento do cálcio na urina.

No metabolismo ocorre aumento da glicose, da insulina, do LDL colesterol, do triglicérides e diminuição do HDL colesterol, que somados a pressão alta e obesidade aumentam o risco de complicações cardíacas.

Diagnóstico diferencial:

Suspeitada a doença o desafio é definir a origem do problema, comprometimento da glândula hipófise ou suprarenal ou a presença de um tumor em outros órgãos que estimula a produção do cortisol.

Exames laboratoriais:

Dosagem de cortisol livre na urina de 24 horas.
Dosagem de cortisol sérico após 1 mg de Dexametasona.
Dosagem de cortisol sérico e na saliva a meia noite, rara aplicação.
Tomografia computadorizada.
Angio ou Ressonância Nuclear Magnética.
Exames de medicina nuclear.
Podem levar tempo até a finalização do diagnóstico já que os exames são realizados dentro de uma sequência lógica e podem receber influência das limitações do método ou da variação cíclica da doença.

Tratamento:

Medicamentoso, cirúrgico, radioterápico, radiocirúrgico ou conservador, depende da localização e do estágio da doença.

Fontes:
Dermatologia do Fitzpatrick 6a edição.
Síndrome de Cushing, Dr. Daniel Soares Freire, no MedicinaNet.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dicas para não adoecer.

















A arte de não adoecer:


Se não quiser adoecer - Fale de seus sentimentos.

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera em outras doenças. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.

O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.



Se não quiser adoecer - Tome decisão.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros.

As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.



Se não quiser adoecer - Busque soluções.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão.

Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.



Se não quiser adoecer - Não viva de aparências.

Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.

Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.



Se não quiser adoecer - Aceite-se.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores.

Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitas as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.



Se não quiser adoecer - Confie.

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.

Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.



Se não quiser adoecer - Não viva sempre triste.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

O bom humor nos salva das mãos do doutor.

Alegria é saúde e terapia.

Fonte: mirianmmaciel.blogspot.com

Como comprar remédio na Farmácia Popular.

















1) Tenha em mãos:
  • CPF.
  • Documento com foto.
  • Receita do médico. 
2) Lembre-se:
  • A receita vale por 4 meses.(Art. 28 da Portaria 184 de 3 de fevereiro de 2011)
  • No caso de crianças apresente CPF do responsável e Certidão de Nascimento da criança.
3)  Para saber qual a farmácia mais próxima e que atende pelo programa acesse www.saude.gov.br, clique em Farmácia Popular, depois em endereços.