quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Diarréia de verão.
















Dia 12 de janeiro cheguei de férias de Guarapari, ES, a praia dos mineiros e qual foi minha primeira atitude em solo mineiro? Procurar um hospital para ser atendido de uma diarréia como nunca tinha me acometido, nunca estive tantas vezes no banheiro antes. Já me sentia fraco, desanimado, com olhos meio fundo, língua grossa e sêca, além de um desanimo fora do normal para o meu estilo de vida. Antes que as coisas piorassem tomei a iniciativa de procurar assistência hospitalar e realizar uma hidratação venosa, pois, já não conseguia ingerir líquidos suficientes para repor as perdas e meu saldo andava bastante negativo. Depois de tanta sinceridade em público vamos tentar explicar aos nossos leitores o que se passa nesta situação. Diarréia é conceituada como um aumento da frequencia das evacuações diárias e/ou alteração da consistência das fezes e neste caso de forma súbita. A principal causa deste mal nesta época seria a maior dificuldade de conservação dos alimentos frente as altas de temperatura e umidade do meio ambiente. Gostaria de ressaltar que a maioria das diarréias são auto-limitadas, ou seja, num prazo de 48 horas param sem necessidades de maiores intervenções, mas cuidado com esta expectativa.

Sintomas: Diarréia propriamente dita, sendo que a presença de sangue ou catarro nas fezes pode ser indício de maior gravidade do quadro, náuseas, vômitos e febre podem estar ou não presente e cólica abdominal. Tais sintomas podem surgir de poucas horas até 24 horas após a ingestão do alimento ou água contaminada. A desidratação é mais comum e grave nas crianças e nos idosos e seria a complicação que devemos ter cuidado para evitar.

Alimentos com alto teor de proteínas e gorduras como carnes, crustáceos e maionese são os mais facilmente contaminados. Muito cuidado com estes alimentos quando consumidos nas praias e adquiridos de vendedores ambulantes.... Tudo leva a crer que o que me fez mal foi um salpicão de banana, que leva creme de leite - gordura né!-  ingerido em um restaurante na cidade.... Outra coisa passível de contaminação é o gelo que utilizamos nas nossas bebidas, já que não sabemos a procedência da água utilizada, lembrando que neste ano estamos tendo um volume expressivo de chuvas com inundações em várias regiões do país, nada impede que a água de consumo da população seja contaminada pelas enchentes.

Tratamento: Inicialmente comece a oferecer líquidos para o paciente do tipo soro caseiro, água de côco e bebidas hidrotônicas encontradas nos supermercados, oferecendo pequenas quantidades em pequenos intervalos de tempo. A alimentação num primeiro momento deve ser leve e mais líquida, tipo canja e sopas de legume bem cozidos, isto, após algumas horas de hidratação oral. Evite alimentos sólidos que podem piorar as náuseas e vômitos, alimentos gordurosos, leites e derivados, bebidas gaseificadas e alcoólicas, bem como alimentos ricos em fibras.

Medicamentos devem ser prescritos por um médico já que vômitos e diarréia são manifestações de defesa do organismo a algo que o agride, remédios para cessar a diarréia não se aplicam ao tratamento atual. Determinadas medicações sob orientação e supervisão medicadas são bem indicadas.

Como fazer o soro caseiro:
1 litro de água potável, na dúvida, ferva.
2 colheres de sopa de açúcar.
Até 1 colher de sopa de sal  (Alguns toleram um pouco menos que uma colher de sal)
Deixe na geladeira e ofereça aos poucos e em curto espaço de tempo.
Repita a fórmula quantas vezes for necessário ao longo do dia.

Precauções sugeridas: Evite alimentos de procedência duvidosa e ingeridos de ambulantes nas praias, principalmente ricos em gorduras e frituras. Dê preferência por alimentos industrializados. Ingira bastante líquidos como água mineral para se manter sempre hidratado já que a simples exposição excessiva ao sol desidratada principalmente crianças e idosos... No mais, boa praia, bom passeio e volte saudável.