terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
















O TOC é uma alteração psiquiátrica caracterizada por pensamentos ou idéias difíceis de controlar (obsessões) exemplo disto é sempre achar que deixou de trancar a porta de casa ou que se esqueceu de desligar o ferro de passar roupa antes de sair, levando a comportamentos repetitivos (compulsões) que são respostas as obsessões.

Os ditos sintomas obsessivo-compulsivos podem estar presente em muitas pessoas sem no entanto, atrapalharem a sua rotina de vida, seriam pequenos detalhes do cotidiano, que não comprometem a vida social, familiar ou profissional. Cerca de 2 a 2,5% da população geral recebem o diagnóstico de TOC em consequência a este comprometimento e devido à gravidade dos sintomas apresentados.

Os sintomas podem ter um componente agressivo, sexual e religioso e compulsões de checagem; obsessão de simetria e compulsão de ordenação, contagem e repetição de rituais; obsessão de contaminação e compulsão por limpeza, além de obsessão e compulsação de acumulação (colecionismo).

As causas podem ter origem familiar e/ou ambiental. Pode ser observado em mais de um membro de uma família e ser dependente de estímulos ambientais como traumas e infecções.

Algumas alterações podem ser confundidas com TOC, como o Transtorno Dismórfico Corporal (“feiura imaginária) onde o paciente se acha portador de deformidades que o levam a estar frequentemente se checando no espelho ou questionando amigos e familiares quanto à existência de tal anormalidade. É bom salientar que indivíduos que apresentam problemas com álcool, drogas, alimentação em excesso ou jogos tem comportamento mais impulsivo e não, necessariamente, compulsivo. Já que o primeiro oferece prazer e o último ameniza a ansiedade que acompanha a obsessão. Na Depressão os sintomas podem estar relacionados com sensações de culpa ou autoflagelo, mesmo tendo um caráter repetitivo e desagradável. A Esquizofrenia é acompanhada pela perda da realidade, com sintomas de delírios, alucinações e isolamento social.

O diagnóstico é principalmente clínico e de preferência feito por um psiquiatra. Exames poderiam ser feitos somente para colaborarem com a hipotese de que não há outra doença em curso ou paralela. Lembrando que é possível a associação com outras doenças psiquiátricas. Em 90% dos casos podemos observar depressão, ansiedade ou dependências químicas.

O TOC é tratável e em grande parcela dos pacientes os sintomas deixam de interferirem com a rotina de vida de seus portadores. Tal tratamento inclui antidepressivos da família dos inibidores da recaptação de serotonina e terapia cognitivo-comportamental. Outros medicamentos de outras classes podem ser empregados se necessário e dependendo da avaliação de seu médico. Além do que existem os grupos de apoio aos familiares de portadores de TOC que orientam e apóiam aqueles que compartilham das dificuldades apresentadas por estes pacientes e que acabam por influenciar toda a família.

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