É uma doença crônica que acomete mais as mulheres e tem uma incidência de 10 casos para cada 100 mil brasileiros entre os 20 e 30 anos de idade. De causa imunológica, o organismo passa a produzir anticorpos contra a bainha de mielina que envolve os nervos, o que leva a comprometimento das funções motoras, visuais, linguagem e outras. Com o evoluir da doença podemos observar fraquezas musculares, alterações da sensibillidade, formigamento nas pernas, perda da visão, tonteiras, tremores, além de outros sintomas. O tratamento curativo ainda não é possível, o uso de imunomoduladores tipo anticorpos monoclonais pode estabilizar o quadro. Tratamentos alternativos ajudariam melhorando a performance dos pacientes, como dança, trabalhos manuais, exercícios físicos e psicoterapia.
Causas:
Não se conhece a causa da EM. Algumas teorias apontam um vírus ou outro agente infeccioso e/ou um problema auto-imunes, o sistema imunologico ataca as células do próprio organismo em vez de atacar os invasores estranhos. Toxinas, traumas, deficiências nutricionais e outros fatores que possam levar a destruição da mielina também são possíveis causas. Fatos conhecidos que antecedem o início da EM incluem sobrecarga de trabalho, fadiga, período pós-parto em mulheres, infecções agudas e febres.
Sinais e sintomas:
Os sinais e sintomas podem ser leves e estar presente por anos antes de ser constatada a esclerose múltipla. Uma vez diagnosticada a doença, os sintomas duram horas a semanas, variando dia a dia, podendo surgir e desaparecer sem um padrão previsível. Esses sintomas incluem:
- Cansaço, que pode ser extremo.
- Fraqueza progressiva.
- Formigamentos.
- Câimbras.
- Má coordenação motora (tremor nas mãos)
- Problemas urinários (urinar freqüentemente, difícil controle da urina, infecções e incontinência)
- Visão borrada, visão dupla ou perda de visão em um dos olhos.
- Alterações do humor, irritabilidade, depressão, ansiedade, euforia.
- Dificuldade para engolir alimentos, inicialmente para sólidos.
Podem ser solicitados ressonância nuclear magnética, exame do liquor da espinha, eletroneuromiografia e potenciais evocados, além de outros.
Tratamentos e cuidados:
Ainda não existe cura, mas vários passos podem ser dados para se viver melhor com essa doença. Estes incluem:
- Repouso.
- Tratar as infecções bacterianas e quadros febris na fase inicial.
- Minimizar as situações estressantes, especialmente as que demandam muito esforço físico, pois o estresse físico agrava os sintomas.
- Manter-se longe do sol e do calor, pois o aumento da temperatura corpórea pode agravar os sintomas.
- Evite banhos quentes, pois podem agravar os sintomas. De fato, banhos frios ou natação podem melhorar os sintomas, pois baixam as temperatura do corpo.
- Mantenha uma rotina normal no trabalho e em casa, se as atividades não forem muito intensas
- Faça exercícios regularmente (atividade física pode ajudar)
- Faça massagens para manter o tônus muscular
- Faca aconselhamento psicológico
- Tomem as medicações prescritas. Estas podem incluir:
Corticóide.
Antiespasmódicos.
Relaxantes musculares.
Antidepressivos.
Ansiolíticos.
Antibióticos (para tratar as infecções).
Medicações para controlar a função urinária.
Imunomoduladores/ imunossupressores.
Utilidade pública:
- Associação Mineira de Apoio a Portadores de Esclerose Múltipla (AMAPEM).
- Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).
Fontes:
- Revista BH de setembro de 2011.
- Lincx – Serviços de Saúde.
- Lincx – Serviços de Saúde.
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