segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Síndrome de Cushing





















A síndrome de Cushing, bem como a doença de Cushing, cursa com aumento dos níveis de cortisol (corticóide endógeno produzido pela glândula suprarenal) no sangue.

Dentre suas causas temos os tumores (malignos ou não) e as hiperplasias nodulares das glândulas suprarenais, sendo que nestes casos a secreção de cortisol é independente do ACTH -hormônio da hipófise que estimula a glândula suprarenal.

No caso de dependência do ACTH temos os adenomas da hipófise (tumor benigno) causando a doença de Cushing que é responsável por cerca de 80% dos casos em adultos. Temos ainda os tumores extra-hipofisários localizados em outros órgãos, como timo, pâncreas, brônquios, intestino, ovário, tireóide, que secretam ACTH e estimulam a glândula suprarenal, mais raros, correspondem a 15 - 20% dos casos.

Sinais e sintomas:

Ganho de peso acelerado, alterações na glicose do sangue, pressão arterial elevada inexplicada são bem típicos. A obesidade é do tipo central, acometendo mais o tronco e a face e poupando os membros; crianças obesas com parada do crescimento ou atraso no desenvolvimento da estatura pensar em Cushing.

Na pele temos afinamento, equimoses (manchas arroxeadas) com facilidade e estrias largas e arroxeadas na barriga. Na mulher podemos encontrar excesso de pelos na face e alguns pontos do corpo. Escurecimento da pele em cicatrizes e dobras.

Fraqueza muscular, principalmente nas pernas; Osteopenia (rarefação óssea) e Necrose asséptica da cabeça do fêmur se apresenta dores de quadril.

Comportamento: Labilidade emocional, irritação, ansiedade, depressão, dificuldade de memorização e atenção. Psicose e mania são mais raros.

Hipogonadismo, infertilidade, ausência de menstruação, diminuição da libido, disfunção erétil, osteoporose. Estas por diminuição dos hormônios sexuais.

Aumento do sódio e água corporal que elevam a pressão arterial, diminuição do potássio e cálculos renais devido ao aumento do cálcio na urina.

No metabolismo ocorre aumento da glicose, da insulina, do LDL colesterol, do triglicérides e diminuição do HDL colesterol, que somados a pressão alta e obesidade aumentam o risco de complicações cardíacas.

Diagnóstico diferencial:

Suspeitada a doença o desafio é definir a origem do problema, comprometimento da glândula hipófise ou suprarenal ou a presença de um tumor em outros órgãos que estimula a produção do cortisol.

Exames laboratoriais:

Dosagem de cortisol livre na urina de 24 horas.
Dosagem de cortisol sérico após 1 mg de Dexametasona.
Dosagem de cortisol sérico e na saliva a meia noite, rara aplicação.
Tomografia computadorizada.
Angio ou Ressonância Nuclear Magnética.
Exames de medicina nuclear.
Podem levar tempo até a finalização do diagnóstico já que os exames são realizados dentro de uma sequência lógica e podem receber influência das limitações do método ou da variação cíclica da doença.

Tratamento:

Medicamentoso, cirúrgico, radioterápico, radiocirúrgico ou conservador, depende da localização e do estágio da doença.

Fontes:
Dermatologia do Fitzpatrick 6a edição.
Síndrome de Cushing, Dr. Daniel Soares Freire, no MedicinaNet.

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