sábado, 25 de fevereiro de 2012

Surdez súbita.

















A surdez súbita é uma alteração da audição, geralmente unilateral, raramente bilateral e de rápida instalação, que progride por horas ou dias. Em 80% dos casos é precedida de zumbido ou estalo no ouvido várias horas antes da alteração auditiva. Ela pode ser irreversível ou com recuperação espontânea. A recuperação pode ser em poucos dias ou tardiamente.

A função vestibular ou labiríntica pode ser normal ou apresentar vômitos, vertigens ou nistagmo (movimento involuntário dos olhos horizontal ou verticalmente)

Causas mais comuns:
- Viroses que acometem o ouvido interno e muitas vezes originárias das vias aéreas superiores - sinusite, rinites, otites, etc. - Podendo citar o vírus da parotidite (caxumba), sarampo, influenza, adenovírus, herpes zoster, mononucleose e outros.
- Alterações da pressão barométrica: mergulho, aviação, descompressões súbitas.
- Traumas acústicos: explosões, armas de fogo.
- Alterações da vasos sanguíneos da região (vasoespasmo).
- Barotraumas com ou sem fístulas perilinfática.
- Cirurgias no ouvido interno.
- Neurinoma do acústico.
- Idiopática - causa desconhecida.

Causas menos comuns:
- Anestesia geral.
- Gravidez.
- Diabetes mellitus e/ou alterações do colesterol/ triglicérides.
- Doença de Menière - raramente precedida por surdez súbita.
- Policitemia vera - grande aumento dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Anemia - diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue.
- Meningite.
- Esclerose múltipla.
- Alterações da tireóide.
- Sífilis.
- Esforço físico.
- Espirros violentos.
- Esforço para defecar.
- Insuflar bóias - os 4 últimos levariam a ruptura de membranas  do ouvido interno com extravasamento de linfa.

Outras:
- Distúrbios neurovegetativos - estresse.
- Hiperviscosidade e hipercoagulação sanguínea.
- Alergias intralabirínticas.

Exames:
- Hemograma, glicemia, triglicérides, colesterol e frações, tsh, t4 livre, vdrl, coagulação sanguínea, etc.
- Audiometria.
- Ressonância nuclear magnética.
- Outros conforme a suspeita clínica.

Tratamento:
- Quando possível identificar a causa, seria sua remoção ou controle.
- Inespecífico: sedantes do labirinto, vasodilatadores, descongestionantes e outros conforme a experiência de seu médico.
- Cirúrgico se for o caso.

Fonte: Livro de Otorrinolaringologia de Helio Hungria, 5a edição, pág.389 a 395.

Um comentário:

Anônimo disse...

ÓTIMO BLOG...PARABÉNS
FATIMA LIMA