domingo, 12 de julho de 2009

Conjuntivite.
















Conjuntiva é uma fina camada que reveste a parte branca do olho (esclera) e a face interna das pálpebras. Sua inflamação é conhecida como Conjuntivite, sendo classificada em cinco tipos, que veremos a seguir.

Conjuntivite Viral:

Mais freqüente, tendo o Adenovírus como principal causador, além de outros como poxvírus, coxsackievírus e enterovírus. As queixas incluem vermelhidão muitas vezes de ambos os olhos, lacrimejamento, sensação de corpo estranho, ardência, secreção ocular mucosa, pode estar associada à infecção das vias aéreas. Ao exame podemos constatar hiperemia conjuntival, edema palpebral, folículos hipertrofiados na conjuntiva palpebral e íngua (linfonodo) na região próxima do ouvido (pré-auricular). É muito contagiosa, devendo-se evitar contato com outras pessoas e lavar frequentemente as mãos que podem ser instrumento de transmissão. O tratamento inclui compressas frias, lágrimas artificiais e uso de antissépticos para limpeza ocular.

Conjuntivite Bacteriana:

Menos comum que a viral, apresentasse com secreção mucopurulenta em maior quantidade e ausência de linfonodo pré-auricular, assim como a anterior apresenta hiperemia conjuntival. Staphilococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Hemophilus influenza estão entre as principais causas. Clamidia tracomatis pode causar uma forma grave de conjuntivite, Tracoma, que pode levar a cegueira. O tratamento inclui antibióticos em colírio ou de uso sistêmico.

Conjuntivite gonocócica.

Ocorre em recém-nascidos contaminados pela Neisseria gonorrhoeae durante o parto vaginal, que passam a apresentar secreção ocular abundante já nas primeiras 48 horas após o parto. Úlceras corneanas podem complicar o caso com comprometimento visual. A associação com Clamidia deve ser aventada. O tratamento inclui cuidados locais de limpeza, colírios e antibióticos venosos. Hoje em dia é muito rara devido aos cuidados instituídos logo após o parto.

Conjuntivite alérgica.

Tem como característica marcante a coceira (prurido) ocular. Sendo que esta se divide em 5 subtipos a saber:

Conjuntivite sazonal – mais freqüente, relacionada à poeira e pólen. Os sintomas de leve a moderados incluem prurido, ardência, fotofobia e lacrimejamento. Edema e hiperemia conjuntival e reação papilar. O tratamento inclui colírios e medicações antialérgicas que podem ser associados a lágrimas artificiais.

Conjuntivite vernal – mais comum em meninos entre 5 e 15 anos, acompanha estados asmáticos, rinites e dermatites alérgicas. Pode apresentar acometimento corneano. O tratamento inclui além dos antialérgicos, corticóide tópico e até antibióticos.

Conjuntivite atópica – mais rara das conjuntivites alérgicas, frequentemente se associa a dermatite, asma ou outras manifestações alérgicas. As pálpebras podem apresentar dermatite e fissuras. Pode apresentar complicações oculares e o tratamento passa pelos antialérgicos, corticóides e até imunomoduladores sistêmicos.

Conjuntivite papilar gigante – acomete normalmente a pálpebra superior e pode estar relacionado com traumas, suturas ou uso de lentes de contatos gelatinosas. O tratamento inclui anti-histamínicos, corticóides e até remoção cirúrgica destas papilas hipertrofiadas.

Conjuntivite tóxica – Relacionada ao uso de substâncias tópicas que irritam a conjuntiva ocular. Acomete especialmente a conjuntiva palpebral inferior, com hiperemia, reação folicular e ceratite. O tratamento inclui descontinuidade do colírio utilizado e o uso de lágrimas artificiais sem preservativos.

Atenção:

É de bom alvitre lembrar que nem todo olho vermelho significa conjuntivite, crise de glaucoma agudo e ceratites devem ser avaliadas e sua suspeita esta relacionada a dores fortes nos olhos e diminuição da acuidade visual.

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