quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Febre Maculosa - Doença do carrapato
















A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, bactéria gram negativa e parasita intracelular obrigatório sendo transmitida por picada do carrapato do gênero Amblyomma e ocorre quando da permanência do carrapato no corpo humano por no mínimo 4-6 horas. A doença não se transmite de pessoa a pessoa. O contato com o carrapato pode ser dar em ambientes rurais e até urbanos e em atividades de trabalho ou de lazer.
Período de incubação: 2 a 14 dias com média de 7 dias.

Quadro clínico: De difícil diagnóstico, principlmente em suas fases iniciais. Podendo apresentar um quadro clínico variável de forma clássica até atípica. Os sintomas inicialmente são abruptos e inespecíficos como febre, cefaléia, mialgia intensa, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Em torno do 2º ao 6º pode surgir um exantema maculopapular (vemelhidão na pele) que é um importante dado para o diagnóstico, sua ausência, que não é impossível, dificulta e retarda o diagnóstico e o tratamento.

Forma grave: Edema nas pernas, hepatoesplenomegalia, náuseas, vômitos, dor abdominal e diarréia, diminuição do volume urinário, insuficiência renal, tosse, edema pulmonar, pneumonia intersticial e derrame pleural, alterações neurológicas, petéquias, sangramentos digestivos e pulmonar.

Diagóstico: A história de contato com carrapatos, cultura com isolamento da Rickettsia é o método ideal nem sempre presente, a imunoflurescência indireta (RIFI) é o mais utilizado e um aumento no seu título de 4 vezes com um intevalo de 2 semanas pode ser considerado confirmatório da doença. Outros seriam PCR- reação em cadeia da polimerase e imunohistoquimíca.

Diagnóstico diferencial: Leptospirose, sarampo, febre tifóide, dengue, febre amarela, meningococcemia, febre púrpurica brasileira, doença de lyme e sepses.

Tratamento com antibióticos e conforme protócolo estabelecido.

Medidas de Controle: Atenção quanto as áreas sabidamente contaminadas por carrapatos, Havendo presença de carrapatos na pele do doente, removê-los com luvas e pinças e encaminhá-los para laboratório de referência, utilizar carrapaticidas nos animais contaminados, quando penetrar em áreas contaminadas usar calças e camisas de mangas compridas e claras de preferência para facilitar a visualização do carrapato, inspecionar o corpo para verificar a presença do carrapato.

O que eu faço: Por estar sempre em áreas rurais e com presença de carrapatos, que não necessariamente o do gênero Amblyomma, quando retorno para casa troco e separo toda a roupa utilizada e tomo banho com sabonete de Benzoato de Benzila deixando a espuma no corpo por cêrca de 5-10 minutos e utilizo bucha vegetal para esfregar o corpo, a seguir enxaguo o corpo. É bom alertar que tal medida não é considerada plenamente capaz de evitar a doença. Na dúvida quanto aos sintomas e a doença procure seu médico para maiores esclarecimentos.

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