quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Enxaqueca
















Enxaqueca ou migrânea é uma alteração cerebral com fator genético associado, ou seja, podemos encontrar numa mesma família alguns membros acometidos. Pode surgir na infância, sendo mais frequente dos 25 aos 55 anos. Afeta mais as mulheres que os homens. É unilateral, até de forte intensidade, latejante, pode ser acompanhada de náuseas, intolerância à luz, som e odores; dor ao toque do couro cabeludo, tórax e braços e na região do pescoço, podem durar de 4 a 72 horas.
Aura é um aviso prévio que uma crise está para acontecer ou até já está acontecendo. Apresenta sintomas visuais como pontos luminosos, flashes e falhas no campo de visão, duram menos de 1 hora. Pode ainda apresentar formigamento de um lado do corpo, dificuldade para falar e raramente perda da força de um lado do corpo. Podemos ter Aura sem a dor de cabeça.

O mecanismo é dependente de vasodilatação e vasoconstrição das arterias cerebrais com ativação do nervo trigêmio e das terminações nervosas. Neurotransmissores cerebrais participam da ativação dos centros dolorosos profundos e superficiais.

Vários fatores podem desencadear uma crise de enxaqueca, lembrando que a intensidade é variável a cada pessoa. Seriam estes:

- Alimentos mais comuns: chocolate, queijos, frutas cítricas e bebidas alcoólicas.

- Outros: carnes defumadas ou embutidas, temperos prontos, adoçantes tipo aspartame e sucralose, doces em excesso, alimentos gordurosos, conservas e corantes artificiais, leite e derivados, banana, melão, mamão, abacate, figo, tomate, cebola, amendoim, nozes, vinagre tinto, fígado de galinha.

- Menstruação.

- Pílulas anticoncepcionais.

- Exposição excessiva ao sol.

- Estresse.

- Álcool.

- Falta ou excesso de sono.

- Jujum prolongado.

- Excesso de cafeína.

- Desidratação.

O tratamento visa à crise e a profilaxia de novas crises. Na última levamos em consideração a frequência, a intensidade, o uso excessivo de medicações ou intolerâncias aos mesmos e é bom ressaltar que enxaqueca não tem cura, têm sim, alívio da dor ou prevenção da recorrência das novas crises, já que a dor é um mecanismo de defesa do nosso organismo. O tratamento profilático é feito com várias classes de medicamentos destinados a outras doenças e que se mostraram eficazes ao combante das crises, dentre eles temos anti-epilépticos, antidepressivos, antihipertensivos e antivertiginosos. Devemos avaliar qual a melhor opção em questão para o nosso paciente. Na linha alternativa podemos citar a Acupuntura e a yoga, que gosto muito, massagens relaxantes, terapia cognitivo comportamental, psicoterapia, vitaminas, toxina botulínica e até algumas medicações fitoterápicas.

Um dos grandes problemas da enxaqueca é o comprometimento da qualidade e da rotina de vida do paciente, já que muitos pacientes apresentam alterações corporais antes e após a crise de dor, o que leva muitas vezes a perca de compromissos profissionais, familiares e sociais. Podemos citar fadiga, alteração do humor, sintomas gastrintestinais antes das crises e cansaço, fraqueza, sintomas gastrintestinais, alteração do humor, dificuldade de raciocínio, leve dor de cabeça e até tontura nos pós-crise.

O uso abusivo de analgésicos pode levar a cronificação da enxaqueca, com necessidade cada vez maior dos mesmos. Neste momento devemos rever o uso de tais medicações e avaliarmos as medicações com caráter preventivo da crise citadas acima.

Recomendações ao paciente enxaquecoso:

- Procure reduzir o nível de estresse diário.

- Procure dormir no mesmo horário e na mesma quantidade de horas de sono.

- Evite jejum prolongado.

- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente vinhos tintos.

- Evite o excesso de cafeína.

- Evite excessos de exposição a luzes, ruídos e odores fortes.

- Faça exercicíos regularmente de forma moderada.

- Beba bastante água.

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