sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O fumante passivo
















O fumo passivo é a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, entre outros) por não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição Tabágica Ambiental (PTA) é a fumaça dos derivados do tabaco e , segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados.

O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil há 2.600 mortes por dia em decorrência do fumo passivo. O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.


A absorção da fumaça do cigarro, por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes, causa vários malefícios à saúde como maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça, risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não fumantes que não se expõem.


Outros malefícios estão atrelados à maior freqüência de infecções respiratórias por vírus e bactérias, risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e piora da asma, bem como o risco cinco vezes maior de bebês terem morte súbita sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil).


O fumo passivo também causa manifestação como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, e aumento da pressão arterial.


Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Substâncias como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontrados em quantidades elevadas. Elas não passam pelo filtro do cigarro e o não fumante inala essas substâncias sem nenhum tipo de proteção que amenize seus efeitos maléficos.


Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superiores que na corrente primária. A amônia existente na formulação do cigarro promove uma transformação química que faz com que a nicotina seja mais absorvida pelo fumante, tornando-o mais dependente da droga. Além disso, é o principal componente irritante da fumaça do tabaco.


Fonte: Dra. Silvia Cury Ismael – Coordenadora do serviço de psicologia e do Programa de Cessação do Fumo do HCor – Hospital do Coração.

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