quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O câncer de intestino grosso





















Considerado o câncer mais comum do intestino, tem apresentado aumento de sua incidência nos últimos anos devido a maus hábitos alimentares, aumento da expectativa de vida e ao sedentarismo. Ele é superado somente pelos cânceres de pulmão, mama e próstata.


São observados fatorês genéticos e ambientais em suas origens. Dentre os primeiros as poliposes intestinais e história prévia do câncer intestinal no meio familiar. Nas causas ambientais destacamos os maus hábitos dietéticos, poucas fibras alimentares na dieta. Temos ainda as causas inflamatórias, como as doenças inflamatórias intestinais que predispõem a neoplasia.

Sua maior incidência é após os 50 anos de idade e acomete em 65% dos casos a região do retossigmóide (próxima do ânus). A grande má notícia, 85% dos diagnósticos são feitos com a doença avançada e muitas vezes quando o paciente passa a apresentar alguma sintomatologia. Ou seja, falta de prevenção.

O rastreamento regular da doença nos permite diagnóstico precoce e tratamento com melhores condições clínicas de sucesso. São pacientes que devem ficar atentos a possibilidade da enfermidade e realizar seu check-up conforme orientado, os portadores de: Idade superior a 50 anos, história pessoal de doença inflamatória do intestino ou de pólipos ou de tumores benignos intestinais, história familiar de cânceres de intestino em parentes de primeiro grau.

O melhor método diagnóstico é a colonoscopia, que permite a visualização de todo o intestino grosso, já a retossigmoidoscopia permite visualizar somente a porção terminal do cólon. O câncer de cólon ou intestino grosso pode se localizar na sua porção ascendente (direita), transversa, descendente (esquerda) ou retossigmóide.

Outros exames seriam o hemograma para avaliar a anemia que pode ocorrer em casos de sangramento tumoral, alguns marcadores tumorais como CEA (Antígeno Carcinoembrionário) e o CA 19-9 não são utilizados para diagnóstico e sim para seguimento de resposta ao tratamento proposto. A função hepática deve ser avaliada para averiguar possibilidade de metástases hepáticas do tumor.

Um exame fácil de realizar anualmente e de baixo custo, que tem um caráter preventivo e não diagnóstico, já que sua positividade pode ocorrer em várias doenças do trato gastrointestinal é a Pesquisa de Sangue Oculto nas fezes. Ela se positiva pode indicar com maior precisão a colonoscopia. Lembrando que sangue nas fezes pode aparecer nas hemorróidas, fissuras anais, pólipos, verminoses e etc.

A disseminação do tumor ocorre por contigüidade aos tecidos vizinhos, via linfática e hematogênica. Sendo 75% para o fígado, 15% para o pulmão, 5% para os ossos e 5% para o sistema nervoso central. O Adenocarcinoma é o tipo histológico presente em 90% dos casos. Estadiamento verifica estas possibilidades.

O tratamento além de suportivo para dor, infecções, anemia, desnutrição e outros, inclui a quimioterapia, a radioterapia e excisão cirúrgica do tumor. Lembrando que o estadiamento da doença influi bastante nos resultados e sobrevida do paciente.

Fonte consultada: Revista Brasileira de Coloproctologia de 2007.

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