sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vacina para câncer de colo de útero
















O Papiloma vírus humano (HPV) apresenta vários sorotipos diferentes e dentre eles existe aquele que pode causar o câncer de colo uterino, muito temido pelas mulheres, já que o mesmo se instala na intimidade feminina e dificulta o diagnóstico pela pouca visibilidade do local, além da falta de exames preventivos regulares feitos por elas.


O contato sexual é a causa mais comum de contágio, mas não é preciso penetração para que ocorra contaminação. O sexo oral e o rala e rola das preliminares é suficiente para se adquirir o vírus. O contato da mão, da boca ou dos genitais com o local contaminado é suficiente para se tornar mais um portador do vírus. A contaminação com objetos de higiene (toalhas e roupas íntimas) e vasos sanitários é raríssima, mas pode ocorrer.

Nem todas as mulheres que se contaminam vão desenvolver o câncer de colo uterino, mas, infelizmente não temos como saber de antemão quem serão as felizardas.

Existem 150 sorotipos de HPV, alguns inofensivos, outros que podem causar verrugas nas mãos e pés e outros que se instalam nos órgãos genitais. Destes, 40 tipos, tem tropismo pela mucosa genital, causando verrugas genitais ou tumores. 15 com certeza podem causar tumores malignos, sendo que somente dois são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero.

Estatisticamente oito em cada 10 mulheres tem ou terão o HPV e 20% apresentaram sinais de infecção, ou seja, 80% serão somente portadoras e sem sinais de doença. 11% dos 20% que apresentarão sinais de infecção acabam desenvolvendo um câncer. Trocando em miúdos de cada 100 mulheres com infecção do vírus, aproximadamente dois vão ter o câncer de colo de útero.

Um ano após o começo da vida sexual ativa, uma em cada quatro garotas apresentaram lesões causadas pelo HPV. O colo do útero das adolescentes está em formação e por isto elas são mais vulneráveis. Existem dois picos de incidência, o primeiro em mulheres com menos de 25 anos e o segundo aos 40 anos, entre mulheres divorciadas que retomam a vida sexual.

Quando da contaminação, o vírus pode ficar incubado por até um ano ou ficar inativo indefinidamente, ou seja, não adianta acusar o parceiro de traição, é muito difícil dizer quando aconteceu o contágio.

O tratamento normalmente é do casal e inclui laser, substâncias químicas, bisturi elétrico, cremes e pomadas cicatrizantes.

A prevenção passa por evitar ter vários parceiros e usar camisinha/ preservativos. Só que ela não cobre toda a área de contatos entre os parceiros.

A vacinação é hoje uma opção e pode ser feita nas meninas entre 9 e 26 anos, de preferência antes da iniciação sexual ou quando não houve contato com o vírus. Ela é aplicada em três doses e sua eficácia esta em torno de 95%. Existe a vacina quadrivalente que protege, também, contra os vírus que causam as verrugas genitais. Existe a expectativa de que no futuro seja utilizada em maiores de 26 anos e até nos homens.

A vacina bivalente protege contra os tipos 16 e 18, que causam câncer e a quadrivalente, contra o 16 e 18, além do 6 e 11 responsáveis por 90% das verrugas genitais.

É bom lembrar as mulheres que é no exame preventivo que elas diagnosticam ou afastam a possibilidade de doenças infecto-contagiosas ou cânceres ginecológicos. Dentre estes exames temos o papanicolau, a colposcopia, a biópsia e a captura híbrida, este último acusa a presença do vírus independente de sinais ou sintomas. Os dois primeiros são muito importantes no seguimento regular da saúde da mulher e fáceis de realizar.

Fonte: Encarte sobre HPV.

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